Terça-Feira, 12 de fevereiro de 2013 às 02:30
Diz que teme ser morta...
Mãe da pequena vítima diz que recebeu "ameaça" da mulher do suspeito (Emergencia190)
Por: RedaçãoAngustiada, por não ter evitado o pior e aterrorizada depois de denunciar e ser ameaçada.
Esse é o dilema de Maria Alzenira, 27, residente no condomínio Jardim Tropical, no bairro Cidade Universitária, na parte alta de Maceió.
A mulher teve a filha M.E.P.S, 4, supostamente molestada dentro da casa de um policial militar do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), localizada a cerca de cinquenta metros da residência onde mora. O fato foi registrado no último dia 18 de janeiro por volta das 19h.
Em entrevista exclusiva ao EMERGÊNCIA190, a dona de casa relatou os minutos de terror que ela e a filha passaram naquela noite.
“Passei à tarde com meu filho de um mês no médico e ao retornar para casa Duda (é assim que a criança é chamada) me pediu para brincar no jardim da frente. Nunca pensei que aquela noite iria mudar nossas vidas. Enquanto eu amamentava meu filho, Duda foi parar na casa do policial. Foi uma vizinha que veio na minha casa me alertar para eu ir procurar minha filha. Saí e fui direto na casa dele, chamei durante alguns momentos, mas, ninguém respondia”, disse Alzenira.
“Depois de alguns momentos ele saiu e disse que ia ver se minha filha estava na casa dele, mas, eu vi quando ele saiu do quarto onde estava Duda. Meu coração bateu quando chamei novamente por minha filha e ela saiu correndo de dentro da casa. A menina estava com os braços machucados e o short baixo”, afirma a mãe que não parava de chorar.
Alzenira confirma que levou a pequena Duda para casa. A menina estava em choque e somente depois de muita conversa que conseguiu que a pequena vítima falasse o que havia acontecido.
“Ele encostou o dedo e colocou o pinto aqui (vagina)”, disse a criança.
Após as palavras da filha a mãe procurou a Central de Policia, prestou queixa contra o vizinho-policial que na mesma noite foi levado preso para a Academia da Polícia Militar.
A mãe também disse que levou a criança até o Hospital Sanatório, onde foi feito o exame de conjunção carnal, que em sua avaliação foi outro ato aterrorizante.
“Lá o homem simplesmente pegou minha filha e disse que a menina estava donzelinha. Ora porque ele não fez o exame minucioso, só olhou, passou a mão nas partes intimas da menina e disse essa frase estúpida?”, pergunta a mãe, que promete entrar na justiça para exigir que fatos como este não se repitam com outras crianças.
Mas, a saga da dona de casa não parou por ai. Enquanto o militar estava preso, a mulher dele – segundo Alzenira – teria dito em tom de ameaça que a acusação contra o marido dela “teria troco”.
Preocupada com sua segurança e de seus dois filhos a mulher quer deixar a casa – própria – que mora e que comprou a cerca de dois anos. Ela já pensa em ir morar fora de Alagoas.
“Ela falou (a mulher do policial suspeito) que tudo isso vai ter troco. Vivendo neste estado sabemos o significado da frase. Não sou rica, portanto, vou me desfazer de meus bens para tentar viver fora daqui, longe deles. Há cerca de duas semanas uma outra pessoa me alertou para ter muito cuidado com minha vida e em supostas batidas policiais, pois eu me envolvi com quem não devia”, resumiu Alzenira que fez um Boletim de Ocorrência (BO) contra a esposa do militar suspeito.
A casa do policial citado permanece fechada. Na quadra onde teria acontecido o fato, vizinhos procurados pelo EMERGENCIA190, nitidamente temerosos, preferiram não falar sobre o ocorrido.
O caso vem sendo investigado pela Delegada Barbara Arraes, da Delegacia de Crimes Contra Crianças e Adolescentes, que já ouviu o pm suspeito, a mulher dele, a criança e sua mãe.
Na Delegacia os policiais de plantão informaram que consta no inquérito que o polícia Sebastião Oliveira Lins, 41, negou a acusação e que o caso agora vem se transformando numa briga entre vizinhos, antes amigos.
Em relação à criança que teria sido molestada, a situação requer um acompanhamento psicológico. Duda não fica mais em casa sozinha e aquela menina extrovertida se transformou em uma criança nervosa que passa o dia na casa de uma vizinha, brincando sozinha e arredia com a presença de estranhos.
Qualquer pessoa que tenha detalhes que possa ajudar esclarecer este ou qualquer crime pode ajudar, ligando para o Disque-Denúncia, através do número 181. O denunciante não precisa se identificar.
http://emergencia190.com.br/policia/13/02/12/17254/mae-de-crianca-molestada-por-pm-diz-que-teme-ser-morta
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