ATUALIZADO 22/05/2020 18:25
ATUALIZADO 22/05/2020 18:25
Agentes da PCSP dão continuidade à investigação do crime envolvendo o delegado Paulo Bilynskyj e a modelo Priscila Delgado, que morreu
Polícia Civil de São Paulo (PCSP) continua, nesta sexta-feira (22/05), a investigação do caso envolvendo o delegado da corporação Paulo Bilynskyj e a modelo Priscila Delgado de Barros, morta após uma suposta briga do casal, na última quarta-feira (20/05). Entretanto, há diversas pontas soltas que ainda precisam ser esclarecidas pelos investigadores, como responder se Priscila foi morta ou se cometeu suicídio. As duas hipóteses são levadas em consideração pela PCSP.
Uma investigação preliminar aponta como verdadeira a versão de Bilynskyj, que, baleado no dedo, perna e abdômen, passou por cirurgias e está internado, em estado grave. De dentro da unidade de terapia intensiva (UTI), o policial gravou um vídeo que foi divulgado nas redes sociais contando que a namorada teria disparado seis vezes contra ele e se matado em seguida após ler uma mensagem de texto em seu celular.
O rumo das investigações, porém, não está concluído e há a possibilidade de o boletim de ocorrência ser convertido para feminicídio.
Perícia
Investigadores ouvidos pelo portal dizem que é preciso realizar uma perícia para identificar de qual arma saíram os tiros. Um policial militar que atendeu a ocorrência relatou na delegacia que contou oito estojos de munição e uma pistola Glock 9mm com um carregador municiado ao lado, além de uma bala amassada no corredor que dá acesso à cozinha. Ou seja, houve mais de sete tiros no apartamento, como informou, inicialmente, o delegado Paulo.
Alteração na cena do crime
Também será apurado se ocorreu alteração da cena do crime. Priscila foi encontrada no banheiro, mas um dos quartos, que é uma academia, tinha um espelho com marcas de sangue no formato de mãos. Não se sabe se o sangue é de Paulo, que pode ter se apoiado lá depois de ter sido baleado, ou se é da namorada. Assim, os investigadores suspeitam de que ele foi ao quarto depois de ter atirado nela, com a intenção de alterar o cenário.
Seis tiros
Outra consideração que ainda será analisada pela PCSP é se Priscila fazia curso de tiros no mesmo lugar em que Paulo era instrutor. Por saber manusear armas de fogo, seria pouco provável que ela disparasse seis vezes e errasse tantos tiros.
Suicídio ou homicídio?
De dentro da UTI, Paulo disse que Priscila atirou contra ele e depois se matou. Porém, o local onde a modelo foi atingida — no peito, na região lateral do corpo – coloca essa informação em dúvida. De acordo com policiais, ela pode ter se matado, mas seria um caso raro por causa da região do ferimento.
Exame residuográfico
Diante dessa dúvida, um problema: não foi possível realizar o exame residuográfico no delegado. Esse teste detectou resíduos de pólvora nas mãos da modelo, mas o mesmo não foi feito em Paulo, já que ele está internado no hospital desde o crime.
Cena do crime
Como Bilynskyj é professor de medicina legal em um cursinho preparatório para concursos públicos, peritos entrevistados pelo UOL disseram que ele seria, tecnicamente e hipoteticamente, capaz de alterar a cena do crime.
Haverá uma perícia no local para colher amostras de sangue, comparar possíveis marcas de tiro e ouvir vizinhos do casal, para saber se alguém escutou algo que possa contribuir com a investigação.
De antemão, Filipe de Morais, delegado responsável pela investigação, indica que o ocorrido foi uma tentativa de homicídio seguida de suicídio. Sem conclusões até então.
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