Após 10 dias, inquérito sobre PF que matou jovem em boate não é fechado
Delegado diz que polícia ainda aguarda resultados dos laudos periciais.
No último dia 2, policial deu quatro disparos em boate e Rafael foi morto.
Após 10 dias, o inquérito sobre o disparo efetuado pelo policial federal Victor Manuel Fernandes Campelo, de 23 anos, em uma boate de Rio Branco, que resultou na morte do jovem Rafael Chaves Frota, de 25 anos, ainda não foi concluído. A informação foi confirmada pelo delegado Rodrigo Noll, da Polícia Civil, responsável pelas investigações.
Conforme Noll, para a conclusão do inquérito, a polícia ainda espera, sobretudo, os resultados periciais coletados na boate. “Podemos remeter o inquérito, mas vamos ter algumas diligências e estamos aguardando o recebimento das perícias, que ainda não chegaram. [O resultado das perícias] depende da demanda, mas é na faixa de 30 dias”, explicou.
O diretor do Departamento de Polícia Técnico-Cientifica (DPTC), Haley Vilas Bôas, explica que todos os laudos periciais solicitados no caso estão prontos e devem ser entregues nesta terça-feira (12).
Na madrugada do dia 2 deste mês, o policial efetuou quatro disparos dentro da boate após, segundo a Polícia Federal (PF-AC), ser agredido e cair no chão. Um dos tiros acertou Frota, que chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Outro homem e o próprio policial também ficaram feridos.
A mãe de Frota, Alcineide Chaves, de 51 anos, falou que a família está na expectativa de que o caso não caia no esquecimento. “Fomos chamados pelo delegado para dizer se sabíamos mais alguma coisa. Nós sempre estamos mexendo. Provavelmente, no final desta semana ou na próxima, queremos promover passeata para que saibam que não esquecemos”, disse.
Ao G1, o advogado do policial federal, Marcos Vinícius Jardim, disse que a defesa ainda não vai se pronunciar sobre o caso.
Entenda o caso
Um dia depois do ocorrido, o policial federal foi encaminhado à audiência de custódia, onde a Justiça do Acre decidiu pela manutenção da prisão. O Tribunal da Justiça (TJ-AC) afirmou que o suspeito alegou legítima defesa, mas o argumento não convenceu o juiz. A PF-AC informou que Campelo está custodiado na sede do órgão.
Um dia depois do ocorrido, o policial federal foi encaminhado à audiência de custódia, onde a Justiça do Acre decidiu pela manutenção da prisão. O Tribunal da Justiça (TJ-AC) afirmou que o suspeito alegou legítima defesa, mas o argumento não convenceu o juiz. A PF-AC informou que Campelo está custodiado na sede do órgão.
Campelo ocupa o cargo de agente na PF há menos de um ano. Segundo o edital do concurso, ele passou no exame em julho de 2015 e depois foi chamado para o curso de formação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário