De policiais na Câmara......
Diego Mello
Entre os professores que sofreram com a ação policial durante a desocupação da Câmara dos Vereadores, no sábado, dia 28 de setembro, estavam dois vereadores. Jefferson Moura, afiliado ao Partido Socialismo e Liberdade (Psol), e Reimont, do Partido dos Trabalhadores (PT), apoiavam os professores quando tudo começou. E o vereador do Psol chegou a ser agredido por policiais.
Ao SRZD, Jefferson Moura falou sobre os momentos que passou dentro da Câmara. "Fui empurrado e puxado quando intervi diante das agressões injustificaveis a um professor que foi derrubado e estava sendo chutado". O vereador relatou que Reimont foi ajudá-lo e só quando os policiais perceberam quem eles eram a confusão parou. Em sua página na internet, Jefferson chegou a divulgar um vídeo (veja abaixo) do momento em que ocorre a ação policial.
O comandante da PM, Luis Castro, em pronunciamento para a imprensa, afirmou que os policiais não usaram truculência dentro da Casa. Segundo o vereador, a declaração é uma "mentira". Jefferson informou que os professores negociavam a saída "quando a PM invadiu o plenário pelos fundos".
Na segunda-feira, dia 1 de outubro, os vereadores votaram pela aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários da Educação, algo desaprovado pelos professores. Enquanto a votação ocorria, a polícia enfrentava manifestantes do lado de fora da Câmara. Jefferson Moura, assim como outros, não permaneceu até o fim da sessão por julgar que ela era ilegal.
Na terça, dia 2, um grupo de nove vereadores (Renato Cinco, do PSOL, Eliomar Coelho, do PSOL, Paulo pinheiro, do PSOL, Jefferson Moura, Reimont, Leonel Brizola Neto, do PDT, Márcio Garcia, do PR, Verônica Costa, do PR e Teresa Bergher, do PSDB) foi para o Tribunal de Justiça do Rio e pediu o cancelamento da sessão. Segundo Jefferson Moura, a votação se tornou ilegal por ter sido feita de portas trancadas e com um confronto do lado de fora.
"O artigo 61 da Lei Organica do Município proíbe a realizacão de Sessões secretas e as galerias fechadas configuram tal fato. Entendemos também que em uma democracia não é possível um parlamento votar com a polícia em suas portas disparando bombas. Quando o cheiro de gás chegou ao Plenário tomamos a posicão de solicitar a suspensão da Sessão e saimos do Plenário", disse o vereador ao SRZD.
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No dia 28/09 os profissionais da educação municipal que ocupavam a Câmara dos Vereadores do Rio foram expulsos debaixo de pontapé, gás de pimenta e muita truculência. Mais uma prova dos desmandos desse governo Paes/Cabral. Vamos juntos, por uma educação pública de qualidade!
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