Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Família de estudante morto por PM


 Em SP vai processar o Estado, diz advogado

Janaina Garcia
Do UOL, em São Paulo


A família do estudante Douglas Rodrigues, 17, vai entrar com uma ação de indenização contra o Estado por conta da morte do jovem, ocorrida domingo (27) passado, no Jaçanã (zona norte de São Paulo), após um disparo de arma de foi efetuado por um soldado da Polícia Militar.
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Protestos se espalham pelo Brasil200 fotos

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29.out.2013 - Pai busca filha em creche na avenida Edu Chaves, na região do bairro do Jaçanã, em São Paulo, cujo comércio fechou as portas na manhã desta terça-feira (29), após protesto de ontem que deixou ao menos seis ônibus e três caminhões incendiados. O ato desta segunda foi realizado em protesto contra a morte de um adolescente por um policial militar na Vila Medeiros Reinaldo Canato/UOL
A afirmação é do advogado dos pais da vítima, Laércio Benko, também vereador em São Paulo pelo PHS. O soldado da PM que atirou em Douglas durante uma abordagem, Luciano Bispo, 31, foi preso em flagrante, autuado por homicídio culposo (sem intenção de matar).

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"De imediato, queremos acompanhar o inquérito policial militar e o inquérito da Polícia Civil. Em um segundo momento, o Estado será cobrado em uma ação de indenização cujo valor deixaremos a critério o juiz arbitrar", disse Benko.
"Certamente o policial tem culpa no que fez, mas muito provavelmente ele não é o único. Se ele foi negligente, é óbvio que há uma deficiência no treinamento dele", completou o advogado.
Nessa terça (29), a defesa do PM entrou com pedido de liberdade provisória na Justiça com alegação de que o soldado possui emprego e residência fixos, além de ter histórico de bom comportamento na corporação. Para o advogado do policial, Fernando Capano, o cliente disparou acidentalmente contra Douglas.
O pedido deve ser analisado pela Justiça até esta sexta (1º).
Em nota, a PM informou que "detalhes da investigação, inclusive a respeito do armamento do PM, serão divulgados no final das apurações" do inquérito policial militar instaurado sobre o caso.

Protestos em São Paulo - 16 vídeos


quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Policiais atiram em adolescente à queima roupa

publicado em 23/03/2011 às 09h13:

Na cidade de Manaus (AM)......


 Os PM’s procuravam o responsável por atirar em um moto-taxista. De repente, eles pegam um menino de 14 anos e atiram contra o adolescente covardemente.

 Veja este flagrante impressionante.

Policiais Bolivianos atiram em adolescente

09/10/2013 - 15h02min - Atualizado em 09/10/2013 - 15h02min

Policiais Bolivianos atiram em adolescente do lado brasileiro em Guajará

O pé do rapaz ficou dilacerado pelo disparo do fuzil. 
Guajará Mirim, Rondônia - Por volta das 05:00h da manhã desta quarta-feira  (09/10), a Central de Operações do 6º BPM foi solicitada a comparecer no Porto dos Canoeiros, no bairro Triangulo, pois havia no local um adolescente de 13 anos que teria sido atingido por um tiro no pé, provavelmente causado por um fuzil.
Segundo Informações, o adolescente,  juntamente com mais duas pessoas de iniciais J.F.R e J.A.R, estaria vindo do país boliviano para o lado brasileiro transportando combustível.
Quando ao chegaram Às margens direita do rio Mamoré, próximo ao Igarapé do Primeiro, foram abordados por Policiais Bolivianos, conhecidos como Los Leopardos, que queriam  prendê-los  e rebocar a embarcação em que vinham o adolescente e as duas pessoas de volta para o lado boliviano. Sendo que, por estarem do lado brasileiro, resistiram à abordagem, dado momento em que um dos referidos policiais disse ao outro “Atira”, foi quando este efetuou um disparo, que segundo J.F.R teria sido feito por um fuzil, e alguns projeteis vieram a atingir o adolescente, vindo a dilacerar seu pé esquerdo.
Logo após os policiais perceberam que haviam atingido um dos ocupantes do barco, os mesmos de imediato retornaram para o lado boliviano. A Guarnição da Policia Militar conduziu o adolescente ao Hospital Regional, onde , após o atendimento, o mesmo foi encaminhado a Porto Velho. J.F.R e J.A.R informaram ainda que é de costume esse tipo de atitude dos Policiais Bolivianos ( Leopardos).

A Policia Civil está tomando as devidas providencias que o caso requer.

Portal Guajará / Autor: Eduardo Paes



Policial de MG atira em adolescente

Policial de MG atira em adolescente após mãe ameaçar denunciar operação à imprensa

Balanço Geral SP


11/05/2011 10h07 (Atualizado em 11/05/2011 10h07)
A adolescente foi abordada pela polícia após receber uma sacola de roupas de um vizinho. A mãe da menina discutiu com um dos policiais e ameaçou chamar a reportagem da Record, o que irritou o agente e o fez atirar contra a jovem. A vítima está hospitalizada.

ADOLESCENTE MORTO POR POLICIAL EM SÃO RAIMUNDO DO DOCA BEZERRA

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

INFORMAÇÕES ATUALIZADAS SOBRE O ADOLESCENTE MORTO POR POLICIAL EM SÃO RAIMUNDO DO DOCA BEZERRA




Segundo informações repassadas às 11:30h ao titular do blog,o jovem que foi vítima de um tiro disparado pelo sargento Simas,em São Raimundo do Doca Bezerra,no domingo (27),se trata do adolescente Jackson Tavêra,14 anos,filho de dona Maria Tavêra.Ele é da família conhecida por família(Rôlo)em Lago da Pedra.

Continua a versão de que o jovem,calmo,que gostava de passarinhar,estava colhendo manga com sua mãe,ele estava em cima da árvore quando foi atingido com o tiro.O polícia estava em perseguição de um elemento que estava cometendo delitos na cidade.Ainda não se sabe o que motivou o militar a atirar em direção ao jovem.Um fato conturbado.

A cidade de São Raimundo do Doca Bezerra está de luto,moradores estão revoltados com o caso.O polícial, segundo informações,sempre exerceu a função com competência.

O caso está sendo investigado.

Imagens mostram momento em que criança é baleada

18/06/2013 19h14 - Atualizado em 19/06/2013 01h39

Imagens mostram momento em que criança é baleada em Barcarena, PA

Vídeo foi enviado por um vizinho, que preferiu não se identificar.
Menino de 2 anos permanece internado na UTI, em estado grave.

Do G1 PA

18 comentários
Um vídeo enviado à TV Liberal por um morador de Barcarena, Região Metropolitana de Belém, nesta terça-feira (18), mostra o momento em que uma criança de 2 anos foi baleada por um policial militar. O caso aconteceu no último domingo (16).
Nas imagens, é possível ver um policial militar se aproximando de uma casa. Vários disparos são efetuados. Após os tiros, algumas pessoas começam a se aproximar do local para ver o que estava acontecendo.
Com a aglomeração de pessoas cada vez maior, e muita gritaria, a viatura com os policiais deixa o local.
No final, uma pessoa aparece no chão, desacordada. Os próprios moradores carregam esta pessoa para longe do local.
Durante o tiroteio, um menino de 2 anos foi baleado. Ele foi levado para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém, onde foi submetido à cirurgia. Nesta terça-feira (18), o hospital informou que a criança permanece internada em estado grave, porém estável, na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
Já o policial militar que teria efetuado os disparos foi preso em flagrante e e está detido no presídio Anastácio das Neves, no Complexo de Americano, em Santa Isabel do Pará. Ele vai responder por lesão corporal.
A corregedoria da Polícia Militar já determinou a abertura de um Inquérito Policial Militar para apurar os fatos. Em Barcarena, a Polícia Civil instaurou inquérito para apurar a ação da polícia.
Entenda o caso
Uma criança de 2 anos foi baleada em uma perseguição policial em Barcarena, Região Metropolitana de Belém, no último domingo (16). Segundo a polícia, a bala atravessou a região do tórax do menino e deixou uma costela quebrada.
Segundo a avó do menino, dona Coló, a polícia estava perseguindo um parente da criança, que foi confundido com um assaltante da região. Ainda segundo ela, o policial invadiu a casa da família atirando e quando viu que o menino tinha sido atingido, deixou o local sem prestar socorro.

veja também

Preso policial suspeito de atirar em criança de 2 anos

17/06/2013 12h16 - Atualizado em 19/06/2013 09h22

 

Em Barcarena, PA.....

Criança foi internada e continua em estado grave na UTI de hospital.
Corregedoria da Polícia Militar abriu inquérito para investigar o caso.

Do G1 PA

Uma criança de 2 anos foi baleada em uma perseguição policial em Barcarena, na região metropolitana de Belém, no último domingo (16). Segundo a polícia, a bala atravessou a região do tórax do menino e deixou uma costela quebrada. A criança foi submetida a um procedimento cirúrgico e continua em estado grave na UTI do Hospital Metropolitano de Ananindeua, na RMB.
Segundo a avó da vítima, dona Coló, a polícia estava perseguindo um parente da criança, que foi confundido com um assaltante da região. “Eu estava no quarto, deitada com meu netinho. Quando ouvi barulho de tiro, saí para ver o que era e meu neto saiu também e foi atingido”, conta. Ainda segundo a avó da vítima, o policial invadiu a casa da família atirando e quando viu que a criança tinha sido atingida, deixou o local sem prestar socorro.
O policial responsável pelos disparos foi autuado em flagrante por lesão corporal e está detido no presídio de Americano, em Santa Isabel do Pará. De acordo com informações da Polícia Militar, um inquérito foi aberto pela corregedoria da PM para apurar a ocorrência e tomar as medidas cabíveis.

Policial militar preso após atirar em criança


Após acidente, PM tenta fugir do local, dispara contra menino na rua e recusa fazer teste de embriaguezTHAÍS NUNES
thais.nunes@diariosp.com.br
O soldado João Marques Monteiro de Souza, 42 anos, foi preso em flagrante nesta terça-feira por atirar em uma criança de 12 anos no Jaçanã, Zona Norte, após um acidente de carro. A ocorrência foi registrada como disparo de arma de fogo e lesão corporal. 
Segundo a Polícia Civil, o PM fez uma conversão na Rua General Jerônimo Furtado às 19h de segunda-feira e bateu em um trator, dirigido pelo motorista Ricardo de Souza Ferreira, 36 anos.
Ricardo conta que após a colisão, o soldado ficou desacordado no volante. “Estava zonzo, não sei se pela pancada ou por ter bebido algo”, diz. Quando voltou a si, Souza tentou fugir do local do acidente, mas foi impedido por populares. “E foi nesse momento que ele atirou. Não teve briga, nada”, afirma o motorista.
O tiro, disparado pela pistola .40 do PM, atingiu a perna de um menino de 12 anos. A criança estava voltando da escola com os colegas quando foi vítima da bala perdida.
O garoto fraturou a tíbia e teve de passar por cirurgia na tarde desta terça no Hospital Santa Cecília. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, seu quadro clínico era estável.
Após a chegada da polícia, o soldado também foi socorrido no Hospital São Luiz Gonzaga. A delegada Márcia Regina dos Santos, da Central de Flagrantes da Seccional Norte, desconfiou quando soube que o PM recebeu medicação intravenosa.
No boletim de ocorrência, a delegada registra que esse é um indicativo de que ele estivesse embriagado. No IML (Instituto Médico Legal), Souza se recusou a ser submetido a teste de constatação alcoólica.
O PM foi conduzido ao Presídio Militar Romão Gomes. A reportagem tentou contato com a defesa do soldado durante toda a tarde desta terça, mas não obteve retorno. (T.N.)

Criança é baleada durante perseguição

06/07/08 - 21h59 - Atualizado em 07/07/08 - 09h02

Criança é baleada durante perseguição policial na Tijuca

Vítima passava de carro com a mãe e um irmão quando ocorreu o confronto.
Ainda não há informações sobre o estado de saúde da criança.
Uma perseguição policial deixou uma criança ferida na noite deste domingo (6) no bairro da Tijuca, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Militar, os policiais trocaram tiros com suspeitos de roubar um veículo na Rua General Espírito Santo Cardoso. A vítima passava de carro com a mãe e um irmão quando ocorreu o confronto.

De acordo com a polícia, o carro da vítima foi atingido por pelo menos 15 tiros. Um dos policiais que participaram da ação contou que os criminosos estavam sendo perseguidos a pé em direção ao Morro da Cruz, próximo à região.

A criança baleada foi socorrida no Hospital do Andaraí, na Zona Norte, e depois foi transferida para o Hospital Copa D'Or, na Zona Sul do Rio. Ainda não há informações sobre o seu estado de saúde. A rua foi interditada e um carro do Corpo de Bombeiros foi chamado para esfriar o veículo, que corria o risco de explodir. A mãe e o irmão da vítima não ficaram feridos.
Do G1, no Rio, com informações da TV Globo






segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Policia despreparada? Cenas Fortes


 Enviado em 15/07/2008

 a ação de policiais militares que resultou na morte do administrador Luís Carlos Soares da Costa, atingido por tiros quando seu carro, no qual estava refém de sequestro-relâmpago, foi interceptado pela polícia na noite de segunda-feira, na Leopoldina.

Imagens Mostram PM sendo baleado por policial

Imagens mostram PM sendo baleado por policial próximo a fórum no Rio
 Publicado em 23/05/2012 .

CG- CONFUSÃO ENTRE POLÍCIA MILITAR GUARDA MUNICIPAL

CG- CONFUSÃO ENTRE POLÍCIA MILITAR GUARDA MUNICIPAL 06-06-2011
 Enviado em 06/06/2011 Mal estar entre representantes da Segurança Pública na capital.

Jair Krischke Caçador De Torturadores.....

Atualizado: 27/10/2013 02:21 | Por Leonencio Nossa / BRASÍLIA, estadao.com.br

Ele vive de caçar torturadores...........

Jair Krischke persegue ex-agentes há 4 décadas

O historiador gaúcho Jair Krischke, 74 anos, é um caçador de criminosos das 
ditaduras latino-americanas. Referência da luta por direitos humanos no 
continente, ele está por trás dos processos de extradição de ex-agentes uruguaios
 e argentinos julgados pelo Supremo Tribunal Federal.
Tido como ativista independente e rigoroso, conhecedor das legislações 
estrangeiras, Krischke - que desde o período de repressão no Brasil já defende 
as vítimas de agentes da ditadura - tem acionado a Polícia Federal e outros 
órgãos de governo para que entreguem a Buenos Aires e Montevidéu os 
acusados de crimes contra a humanidade. Em conversa com o Estado, 
ele revela que, no momento, está à caça de um ex-agente uruguaio refugiado 
em uma cidade brasileira.
Krischke sabe que, para garantir a extradição, precisa provar que o homem 
que procura sequestrou algum militante político. Na interpretação do STF, 
o crime de sequestro de uma pessoa ainda desaparecida não prescreve. 
Os crimes de tortura e homicídio prescrevem em 20 anos.
 "Se a pessoa não for acusada por desaparecimento, que é crime permanente,
 o resto prescreve", lamenta o historiador. Segundo ele, o Brasil "é o país da
 impunidade, por isso que eles (ex-agentes) vêm para cá".
A "brecha" na legislação que permitiu extraditar apareceu em 2009, quando 
o STF julgou o caso do coronel reformado uruguaio Manoel Cordero 
Piacentini. Localizado na gaúcha Santana do Livramento, na fronteira com 
aquele país, ele era acusado de dezenas de homicídios e torturas na Argentina.
 Só foi extraditado porque, entre seus supostos crimes, estava a participação
 no sequestro de um bebê de 20 dias, Simón Riquelo, filho de um casal de 
militantes de esquerda, em 1976. O garoto foi adotado por um policial e 
apareceu, aos 26 anos, com a identidade de Aníbal Armando Parodi. 
O prazo de prescrição do sequestro começou a valer a partir de sua 
localização, em 2002. "Lutei cinco anos nesse caso", diz Krischke.
O historiador informou autoridades argentinas, a PF entrou no caso e o 
coronel foi preso em Livramento. No STF, o então ministro Cezar Peluso 
avaliou que o crime de desaparecimento não prescrevia.
Em março passado, o STF aceitou a extradição de outro ex-agente investigado
 por Krischke - Cláudio Vallejos, torturador da Escola de Mecânica da Armada,
 a Esma, um dos principais centros da repressão argentina, em Buenos Aires.
 Ele tinha participado de um sequestro e estava desde 2002 em Santa 
Catarina. Ficou um ano preso em Lages. Autor confesso de dezenas de mortes,
 Vallejos revelou, nos anos 1980, que participou do sequestro do pianista 
brasileiro Francisco Cerqueira Junior, que acompanhava o compositor 
Vinícius de Moraes numa turnê em Buenos Aires, em 1976.

Corte de direitos humanos se reúne no Brasil

Atualizado: 27/10/2013 02:22 | Por Mariângela Gallucci e Leonencio Nossa / BRASÍLIA, estadao.com.br


Corte de direitos humanos se reúne no Brasil, refúgio de agentes de repressão
Supremo Tribunal Federal será sede de encontro internacional que debaterá crimes de Estado contra cidadãos da América Latina em meio a pressão de entidades pela extradição de torturadores estrangeiros que vivem em solo brasileiro
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Refúgio prático e econômico para ex-agentes de ditaduras latino-americanas, o Brasil enfrenta a pressão de tribunais e entidades de direitos humanos para reinterpretar a Lei de Anistia e adotar maior rigor contra quem torturou e matou em nome do Estado. Militantes dessa causa estimam que pelo menos uma dezena de envolvidos em crimes do gênero na Argentina e no Uruguai nos anos 1970 e 1980 estejam escondidos em cidades brasileiras.

O assunto ganha agora destaque com a reunião em Brasília, dentro de duas semanas, da Corte Interamericana de Direitos Humanos, ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA). De 11 a 15 de novembro, a CIDH debaterá, no Supremo Tribunal Federal, temas como o episódio em que morreram 35 guerrilheiros, em 1985, quando o Exército colombiano invadiu o Palácio da Justiça, em Bogotá. Há três anos a CIDH condenou o Estado brasileiro pelo desaparecimento de resistentes na Guerrilha do Araguaia - mas não há temas brasileiros na agenda da comissão do mês que vem.

Pano de fundo. A imagem do Brasil como esconderijo favorito dos agentes da repressão continentais tende a servir de pano de fundo do encontro. Ela ganhou força desde 1989, quando o governo Sarney decidiu conceder asilo ao ex-ditador paraguaio Alfredo Stroessner.

Um dos personagens hoje na mira dos ativistas de direitos humanos é o ex-oficial argentino Gonzalo Sanchez, de 61 anos. Preso em fevereiro em Paraty, ele é acusado de participar do esquema de "voos da morte", para sumir com corpos de presos políticos, e de expropriar US$ 300 milhões de suas vítimas.

Sanchez vive no Brasil desde 2003. Foi preso pela Polícia Federal e pela Interpol, mas alegou que tem um filho brasileiro e vive em união estável com uma brasileira.

O subprocurador-geral da República Edson Oliveira de Almeida, que pede sua extradição, reconhece que, pelas leis nacionais, os crimes de tortura e homicídio estão prescritos, pois já se passaram mais de 20 anos da data dos fatos. Ele cita, porém, um tratado do Mercosul que permitiria a entrega de um estrangeiro, por todos os crimes, desde que um dos delitos imputados satisfaça as exigências para a extradição.

Outro ex-agente argentino que aguarda uma decisão do Supremo é Manuel Alfredo Montenegro, que estaria residindo em Itaqui, no Rio Grande do Sul, segundo a Interpol. Na década de 1970, ele atuava como inspetor da Polícia Federal argentina em Posadas, na província de Misiones. Grupos de direitos humanos conseguiram documentos sobre sua possível participação na tortura dos militantes políticos Aníbal Rigoberto Velázquez, Carlos Alberto Bajura e Julio Hippler.

Vizinhos. Para o secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, a preocupação com esses agentes da repressão se deve ao fato de o Brasil, fazendo fronteira com aqueles regimes, ter-se tornado uma opção prática de refúgio. De acordo com Abrão, o que impede que o País seja "um espaço consolidado de refúgio desses violadores de direitos humanos" é que "existe uma jurisprudência no STF para equiparar crimes de sequestro a crimes permanentes".

Ele acrescenta que, para entidades de direitos humanos dos países vizinhos, a Lei de Anistia brasileira é um obstáculo às extradições. Até o momento, o STF aceitou a extradição de quatro ex-agentes latino-americanos. "Se não fosse a jurisprudência do STF, todos esses casos tinham sua extradição negada", diz o secretário nacional de Justiça, para quem o Brasil estava "numa postura de impedir que outros países fizessem justiça por crimes do seu passado".

Abrão ressalta que a rede internacional de direitos humanos atua para forçar os países a criarem uma regra padrão para punir criminosos. "Essa é uma construção que se faz pouco a pouco. As conquistas nessa área são gradativas", afirma.

Ânimo. As análises de pedidos de extradição no STF têm animado entidades de direitos humanos. Na decisão mais recente, em setembro, a 2.ª Turma do Supremo concordou com a entrega do ex-policial militar argentino César Alejandro Enciso para que ele responda pelo crime de sequestro de pessoas que não apareceram até hoje.

O militar também era acusado de tortura. Em 2011, o tribunal autorizou a extradição do major do Exército Norberto Raul Tozzo, suspeito de participação no Massacre de Margarita Belén, ocorrido em 1976.

Na ocasião, 22 presos políticos, a maioria ligada à Juventude Peronista, foram executados. O STF autorizou a extradição para que Tozzo responda apenas pelo crime de sequestro dos desaparecidos. / COLABOROU FELIPE RECONDO

http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/corte-de-direitos-humanos-se-re%C3%BAne-no-brasil-ref%C3%BAgio-de-agentes-de-repress%C3%A3o


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