Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

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terça-feira, 24 de setembro de 2013

RIO: GUERRA CONTRA O TRÁFICO


Polícia Civil do Rio utiliza arma proibida pelo Exército

No Rio
A Polícia Civil do Rio utiliza em suas operações uma metralhadora MAG, de fabricação belga, calibre 7.62, cujo uso por órgãos de segurança pública é permitido apenas às polícias federal e militar estaduais. De acordo com o Exército, que regula e fiscaliza a compra e emprego de armas em todo o país, as Polícias Civis não têm autorização para utilizar este modelo de armamento, cuja capacidade de disparo varia de 650 a mil tiros por minuto.
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2.ago.2013 - Policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais) realizam megaoperação contra o tráfico de drogas no Complexo do Lins, na zona norte do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (2). Um dos objetivos da operação é a prisão de Luís Cláudio Machado conhecido, como Marreta, chefe do tráfico na região Leia mais Gustavo Oliveira/Futura Press
O uso foi admitido nesta segunda-feira (13) pelo subchefe Operacional da Polícia Civil, delegado Fernando Veloso, em entrevista coletiva convocada para explicar quais procedimentos serão adotados após o vazamento para a imprensa de vídeos de duas operações que mostram supostas irregularidades cometidas por policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).
"O emprego da MAG não é novidade pelas polícias do Estado do Rio. Neste caso, a arma foi cedida pela Polícia Federal num ato de cooperação visando à captura do (traficante) Matemático. A PF tinha uma investigação sobre o paradeiro dele e pediu que a Polícia Civil desse apoio aéreo, e a PM, apoio terrestre. Além disso, o calibre 7.62 da MAG é compatível com o de armas usadas pelas forças de segurança do Rio", afirmou Veloso.
O Exército não respondeu ao questionamento da reportagem sobre que medidas serão tomadas pela instituição para investigar e punir o uso irregular da metralhadora pela Polícia Civil fluminense.

Operações

Em 5 de maio, o "Fantástico", da TV Globo, exibiu imagens de uma operação na Favela da Coreia, também na zona oeste, que resultou na morte do traficante Márcio José Sabino Pereira, o Matemático, em 11 de maio de 2012. O vídeo mostra os agentes atirando de um helicóptero contra um carro onde estava o bandido, apesar de haver várias casas, prédios e pedestres na linha de tiro. A MAG estava sendo usada no helicóptero.
E no último sábado (11), o jornal "Extra" divulgou imagens de um confronto entre agentes e traficantes na Favela do Rola, zona oeste da capital, em 16 de agosto de 2012, que terminou na morte de cinco homens. Uma das vítimas, que estava desarmada, aparece sendo carregada por policiais para um bar, conhecido reduto de traficantes da favela. O objetivo, segundo o jornal, seria forjar um auto de resistência (morte em confronto com a polícia).
A chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha, admitiu nesta segunda-feira (13) que, apesar de a instituição possuir o equipamento que filma as operações aéreas desde 2010, ainda não há um protocolo que regulamente sua utilização, armazenamento e análise de imagens geradas. Ela estipulou prazo de 30 dias para uma comissão propor uma norma.
Dos cinco mortos na operação na Favela do Rola, dois não tinham antecedentes criminais: Douglas Vinícius da Silva, 22, e Silas Rosa Guimarães, 26. A polícia não informou se o homem que aparece sendo carregado pelos agentes da Core é um destes. A identificação dos policiais também não foi divulgada.
A investigação dos cinco homicídios provenientes de auto de resistência foi transferida da 36ª DP (Santa Cruz) para a Corregedoria. Todos os policiais da Core que participaram da operação serão novamente ouvidos. "O objetivo é individualizar a conduta de cada agente. Somente após isso, vamos decidir se algum servidor será afastado disciplinarmente", disse o delegado-corregedor Glaudiston Galeano.
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O acusado de tráfico de drogas Marcos Paulo Moreira, vulgo "Marquinhos Sem Cérebro", ganhou este apelido depois de ser reformado na Marinha por problemas psiquiátricos, em 2004. Desde então, tornou-se especialista em tiro prático esportivo, e optou por usar sua habilidade para fins criminosos. Moreira, que atuava na região de Bangu, na zona oeste do Rio, também é acusado de matar proprietários de lojas de gás para comandar a distribuição de botijões. Sem Cérebro foi preso pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil em abril de 2012 Fabiano Rocha/Agência O Globo

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