13/9/2013 às 15h23 (Atualizado em 13/9/2013 às 15h27)
Em operação ilegal em SP fica em liberdade
Alex Sander Pedroni matou Edinalva Oliveira da Silva em julho de 2009
O policial civil Alex Sander Pedroni foi condenado na última quarta-feira (11) pela morte de Edinalva Oliveira da Silva em julho de 2009, durante uma operação ilegal no Capão Redondo, zona sul de São Paulo. Por ser considerado primário, o agente não será preso pelo homicídio, considerado culposo pelo 3º Tribunal do Júri da capital. A pena imposta pelo juiz Gilberto Azevedo de Moraes Costa foi de um ano e dois meses. As informações foram divulgadas pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo).
Edinalva, então com 30 anos, foi morta com um tiro no coração no dia 22 de julho de 2009. Ela estava com o filho, então com um ano e dez meses, no colo quando o disparo perfurou a perna da criança e a matou. O filho da vítima, hoje com cinco anos, sofreu fratura exposta na perna direita durante a ocorrência.
Durante o julgamento, Pedroni admitiu ter feito o disparo, mas ele negou ter tido a intenção de atirar, conforme acusava a Promotoria, que pedia a condenação por homicídio doloso (quando há a intenção de matar) qualificado, cuja pena poderia chegar a 30 anos de prisão, e por tentativa de homicídio (contra o filho da vítima). Os jurados desqualificaram a intenção e decidiram pela condenação culposa.
À época auxiliar de papiloscopia em uma delegacia de Diadema, na Grande São Paulo, Pedroni chegou a ser preso pela Corregedoria da Polícia Civil na época do crime, junto com o investigador Alfred Stapf, então na 6ª Delegacia Seccional. Na ocasião, a investigação apontou que ambos estavam em uma operação ilegal no Capão Redondo, utilizando um Santana com placas frias, sem autorização do superior imediato de Stapf.
O investigador, aliás, foi ouvido durante o julgamento de Pedroni na condição de testemunha. Na versão dos policiais, Stapf entrou em um supermercado, na rua Leonor de Almeida, enquanto o outro policial ficou na porta do estabelecimento com a arma em punho. De acordo com ele, um motoqueiro esbarrou nele e a arma, uma pistola .40, disparou acidentalmente, atingindo a vítima.
A Corregedoria abriu investigação para apurar uma suposta cobrança de propina por parte dos agentes. Os oficiais negaram e disseram em depoimento que foram ao local apurar crimes que teriam sido cometidos por um homem em uma moto. Já a versão de testemunhas do crime é diferente. Elas apontaram que o policial atirou depois que um motoqueiro, o mesmo da versão sustentada pelos policiais, passou pela rua.
A reportagem do R7 entrou em contato com a SSP (Secretaria Estadual de Segurança Pública de São Paulo) para saber mais detalhes sobre a investigação realizada pela Corregedoria e sobre o atual status dos dois policiais civis, mas não obteve retorno até o momento.
Edinalva era casada há nove anos e deixou uma filha antes com oito anos de idade na época do crime. O corpo da vítima foi enterrado no Maranhão, de onde ela era natural.
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