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sábado, 15 de dezembro de 2012

Polícia investiga PM envolvido

01/11/2012 16h19 - Atualizado em 01/11/2012 16h19

Em agressão a cinegrafista no ES

Professor de educação física foi ouvido nesta quinta-feira (1), na Serra.
Ao todo, quatro suspeitos já foram ouvidos, diz delegado.

Eliana Gorritti Do G1 ES
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Cinegrafista passou por exames de corpo de delito nesta manhã, no Espírito Santo (Foto: Reprodução/TV Gazeta) 
 
Cinegrafista foi agredido quando registrava
imagens (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)
 
Quatro pessoas suspeitas de terem participado da agressão à equipes de imprensa do Espírito Santo, após a derrota do atual prefeito de Vila Velha nas urnas, já foram ouvidas pelo delegado Alexandre Passamani, até esta quinta-feira (1), na Delegacia Patrimonial. Um policial militar suspeito de participar do agressão vai ser ouvido no dia 5 de novembro.

A violência aconteceu neste domingo (28), no comitê do Partido da República (PR), em Vila Velha, após a derrota de Neucimar Fraga (PR). O cinegrafista e o repórter André Falcão foram agredidos por simpatizantes do atual prefeito com chutes e socos. Martins caiu desmaiado e foi ferido em uma perna. Ele foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e hospitalizado.

O professor de educação física Neilson de Oliveira, que foi exonerado de seu cargo na Secretaria de Saúde da prefeitura, prestou depoimento na manhã desta quinta-feira (1) e tentou justificar a atitude. "Estávamos em um ambiente onde as pessoas estavam exaltadas, movidas pela emoção e as imagens puderam registrar aquele momento", explicou Neilson de Oliveira, em uma tentativa de justificar o ato.
Além do professor, a polícia também já ouviu o ambulante Leonardo Epifânio, que aparece nas gravações empurrando e jogando no chão o cinegrafista Wagner Martins, da TV Gazeta. Ele pediu desculpas pelo ocorrido e explicou que estava alcoolizado, pois havia ingerido 20 latas de cerveja.
O delegado também ouviu a versão do coordenador da campanha de Neucimar Fraga, Sílvio Henrique Caetano, que, segundo testemunhas, seria o principal agressor. "Eu não agredi ninguém. O esclarecimento já foi prestado para o delegado e quem vai tomar as atitudes vai ser a Justiça", declarou o coordenador nesta quarta-feira (31), negando o fato.
O radialista Alair da Silva, que também foi ouvido, justificou a participação como uma tentativa de ajudar o cinegrafista e evitar o tumulto. De acordo com o delegado Alexandre Passamani, várias pessoas que prestaram depoimento negaram as agressões, mas as imagens vão ajudar a punir os verdadeiros culpados.
"As imagens falam por si só. Alguns alegaram que não praticaram as ofensas, outros alegaram que só tentaram praticar e alguns dizem que tentaram apartar a confusão. As imagens mostram que houve agressão, então não há justificativas legal para o ato praticado", disse.
O quinto suspeito, um policial militar, que de acordo com o delegado também teria participado das agressões, seria ouvido ainda nesta semana, mas o depoimento foi remarcado para a manhã da próxima segunda-feira (5).
Suspeitos identificados
Cinco suspeitos da agressão foram identificados, segundo a polícia. O delegado responsável pelo caso, Alexandre Passamani, informou que continua analisando as imagens. Um dos suspeitos foi exonerado de cargo na prefeitura de Vila Velha, na mesma região. “A princípio, foram identificadas cinco pessoas, mas não descartamos a possibilidade de haverem mais agressores, com os quais iremos trabalhar com a prova testemunhal”, explicou o delegado, sobre os próximos passos das investigações.

Na manhã desta quarta (31), o repórter André Falcão e os cinegrafistas Wagner Martins, da TV Gazeta, e Lucas Barcellos, da TV Vitória, prestaram depoimentos sobre o caso. Martins se recupera dos ferimentos e ainda não voltou a trabalhar. Barcellos foi quem registrou as imagens do colega de trabalho sendo agredidos no comitê do Partido da República (PR), em Vila Velha, após a apuração das urnas e derrota do atual prefeito.
O delegado Alexandre Passamani explicou que os agressores serão indiciados, a princípio, por lesão corporal leve, mas que depois que o resultado dos exames no Departamento Médico Legal (DML) estiver pronto, o crime pode ser considerado lesão corporal grave.

Cabo eleitoral incentiva a agressão (Foto: Carlos Alberto Silva/ Jornal A Gazeta) 
 
Um dos suspeitos é o radialista Alair da Silva, que justificou a imagem como uma tentativa de evitar o tumulto (Foto: Carlos Alberto Silva/ Jornal A Gazeta)
Cabos eleitorais
Após o ocorrido, os cabos eleitorais alegaram que a Rede Gazeta manipulou os resultados da eleição em Vila Velha e, por isso, agrediram os profissionais. Equipes de outras emissoras que registravam a cena tiveram seus equipamentos destruídos pelo grupo de agressores.

Isenção jornalística
Os profissionais da Rede Gazeta seguem um guia, entregue pela empresa antes do início da cobertura eleitoral, em que estão os princípios básicos para um trabalho de qualidade: isenção e imparcialidade. Neste guia, a Rede Gazeta deixa claro que não possui candidatos e a cobertura eleitoral feita pela empresa foi regida por estes princípios.

Os veículos da Rede Gazeta, sendo o portal G1, o telejornal ESTV, a rádio CBN e o jornal A Gazeta, entrevistaram os candidados do segundo turno Rodney Miranda e Neucimar Fraga com espaços iguais na cobertura de campanha, inclusive durante o primeiro turno.
Dentre as pesquisas de intenção de votos divulgadas pelo jornal, uma era liderada por Rodney Miranda, e diversas outras por Neucimar Fraga. O portal G1 e o telejornal ESTV também divulgaram as agendas dos candidatos, enviadas pelas assessorias de imprensa.

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