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sábado, 29 de dezembro de 2012

Polícia Federal em Rondônia está descontrolada

24/10/2011 - 16h39min - Atualizado em 24/10/2011 - 16h39min

Delegado federal esmurra mesa, grita, faz ameaças, manda advogado calar a boca, indicia jornalista para que profissional desse detalhes sobre fonte e promete fechar jornal em Rondônia.
Da reportagem do TUDORONDONIA
Nervoso, descontrolado, o delegado Eduardo Brun Souza era o retrato da Polícia Federal em Rondônia
Porto Velho, Rondônia - A Direção Geral da Polícia Federal em Brasília precisa, urgentemente, tomar pé da situação em que se encontra a Superintendência do órgão em Rondônia, absolutamente sem comando, a julgar pelo comportamento do delegado Eduardo Brun Souza, acusado de intimidar, ameaçar e constranger o jornalista Everaldo Fogaça, do site de notícias O OBSERVADOR

, que saiu indiciado da sede da PF porque publicou manifesto do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Rondônia-Unir -, cujos estudantes e professores estão em greve e, durante depoimento para esclarecer a origem do texto, diante das ofensas do delegado, que, inclusive, mandou o advogado de Everaldo calar a boca, o jornalista disse que só falaria em juízo. 
O delegado Eduardo Brun de Souza, visivelmente descontrolado, aos gritos e dando um murro na mesa, ainda atentou contra as prerrogativas da advocacia rondoniense, ofendendo o advogado Caetano Vindimiati Neto, que acompanhava o depoimento de Fogaça. 

O momento mais tenso dentro da sede da Polícia Federal em Rondônia nesta segunda-feira foi quando o delegado ameaçou o jornalista afirmando que iria fazer, naquele momento, busca e apreensão na casa do profissional de imprensa e na sede do site O Observador. 

O delegado esbravejava que o depoente, que não era acusado formalmente de nenhum crime, era um caluniador por ter publicado o manifesto do DCE. 

O delegado também quis ensinar jornalismo e disse que, de agora em diante, vai perseguir o jornalista e sua empresa, fazendo uma devassa em seus negócios. “Vou acionar a Advocacia Geral da União e o Ministério das Comunicações para vasculhar sua vida e a deste site. Vou fechar este site”, gritava o delegado, segundo relatos de Fogaça e de seu advogado. 

Para intimar Fogaça, a Polícia Federal em Rondônia designou seis agentes armados. 

A informação é de que outros veículos de comunicação de Rondônia serão chamados pelo mesmo delegado a prestar esclarecimentos na sede da Polícia Federal sobre o mesmo assunto. 

Não consta, porém, que a PF tenha intimado membros do Diretório Central dos Estudantes da Unir sobre a nota enviada à imprensa .
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