Imagens teriam sido feitas no final do ano passado
O 15º Batalhão de Polícia Militar, em Caçador, abriu inquérito para apurar denúncia referente a fotos de policiais militares, em atos libidinosos, com uma mulher vestida com a farda da corporação. Ela também aparece usando coturno e segura uma espingarda 12 semiautomática, além de munições. Os indícios são de que as imagens foram feitas no final do ano passado e os policiais envolvidos prestam serviços em Videira.
Segundo o comandante do 15º Batalhão da PM, tenente coronel Yukio Yamagushi, se tratam de informações preliminares que precisam ser apuradas, bem como as circunstâncias em que estas fotos foram registradas. “Repudiamos qualquer ação individual ou coletiva de policiais militares que exponham de forma vexatória a corporação. Por isso vamos averiguar os fatos e, comprovado indícios de crime, tomar as providências cabíveis”, afirma Yamagushi.
No artigo 172 do Código Penal Militar, o uso indevido da farda, distintivo ou insígnias militares é considerado crime e a pena prevista pode chegar a seis meses de detenção. De acordo com o major Alessandro Marques, da assessoria de imprensa da PMSC, se for comprovada a má-fé, ou o uso por pessoas mal intencionadas pode ser configurado como crime. “Agora se um PM tira fotos de sua esposa com a farda e mantém o sigilo das imagens não se caracterizaria numa infração. É preciso avaliar todas as circunstâncias e será justamente o que faremos”, destaca.
Hipótese de roubo de fotos será apurada
Fazendo referência ao caso que ocorreu com a atriz Carolina Dieckmann, Marques diz que também será apurado se as imagens não foram eventualmente roubadas do computador de policiais. O oficial acrescenta que o 15º Batalhão de Polícia Militar ainda não chegou ao nome dos envolvidos na denúncia e nem quantos seriam.
Após a abertura do Inquérito Policial Militar, o comando do Batalhão terá 40 dias para investigar o caso e emitir um parecer. Caso sejam encontrados indícios de crime, o inquérito segue para a Justiça Militar, uma vara especial do Tribunal de Justiça.
Sobre o afastamento dos envolvidos, caberá ao comandante do 15º Batalhão, Yukio Yamagushi, deliberar a respeito após o término do processo. Testemunhas começam a ser ouvidas nos próximos dias e um oficial será o encarregado pelo inquérito.
“Temos uma imagem a zelar e por isso vamos apurar com rigor. É uma questão moral, os 177 anos da PM catarinense não devem ser maculados por episódios como este. A premissa é de mostrar a verdade para a sociedade”, destaca o tenente coronel Yamagushi.
Até o fim desta terça-feira deve ser emitido um comunicado oficial da Polícia Militar em relação à denúncia. O Comando Geral, por meio da assessoria de imprensa, informou que está acompanhando de perto o início das investigações e determinou rigor e celeridade na apuração do episódio, que taxou como lamentável.
PM apura vazamento de fotos que mostram mulher fardada em cenas íntimas com policiais em SC | ND
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