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PM determina prisão administrativa de quatro policiais acusados de agredir e até roubar manifestantes no último domingo
O Comando da Polícia Militar determinou, nesta terça-feira, a prisão administrativa de quatro policiais que atuaram na manifestação do último domingo, na Praça Saens Pena, na Tijuca, Zona Norte do Rio. A corporação informou ainda que três Inquéritos Policiais Militares (IPMs) foram abertos para apurar a conduta dos agentes. Durante o protesto, um cinegrafista canadaense foi agredido e uma mulher levou dois pontapés de um PM, em cena registrada por cinegrafistas amadores, além de outras denúncias de excessos.
Ainda segundo o Comando da PM, os quatro policiais já receberam determinação para se apresentarem ao Batalhão de Policiamento de Grandes Eventos, onde permanecerão presos por ordem do comandante da unidade. São eles: o soldado Carlos Henrique Ferreira, acusado da agressão ao cinegrafista canadense Jason Ohara; o soldado Cristiano Ximenes, suspeito de ter roubado a câmera do jornalista estrangeiro; o soldado Jair Portilho Júnior, acusado de agredir um fotógrafo; e o soldado Rogério Costa de Oliveira, que aparece no vídeo chutando a jovem.
Também foi aberta uma sindicância na Corregedoria para apurar a denúncia de que um policial teria assediado uma manifestante. Em cenas que também foram filmadas por cinegrafistas amadores, uma mulher, depois de queixar-se de ter sido agredida, ouve um PM ironizar: “Machucou? Machucou?” O agente ainda diz, em seguida: “Senti química e não foi gás lacrimogêneo. Foi admiração”.
Por nota, a corporação afirmou que “repudia atos de violência praticados por policiais militares, conforme revelados nas imagens de cinegrafistas amadores, ocorridos no domingo”. O texto conclui: “Todas as denúncias e imagens recebidas relativas a excesso na ação de policiais militares estão sendo encaminhadas à Corregedoria para ajudar nas investigações. Cidadãos que tenham queixas sobre a conduta de policiais podem fazer denúncias pela Ouvidoria da Polícia (3399-1199) ou procurar a Corregedoria da Polícia Militar”.