quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Policiais militares presos suspeitos de participar de chacina
OLIVIA PROENÇA
28/11/2012
Três policiais militares foram presos nesta quarta-feira (28).
Os funcionários públicos são suspeitos de cometerem a chacina no Jardim Olímpico no dia 19 novembro de 2011.
Seis pessoas, incluindo uma criança de 4 anos, com o mesmo nome dado à operação policial, foram mortas. A ação contou com 13 delegados e 50 policiais. Foram apresentados o cabo Ademar Figueiredo Aguiar Filho, o soldado Ozires Fernando de Melo e o sargento Divino Romez Diniz. Todos suspeitos de terem participação na chacina em Aparecida de Goiânia.
No dia do crime havia sete pessoas no imóvel. Apenas um bebê de dez meses sobreviveu. Todas as vítimas foram executadas com tiros na cabeça, inclusive a menor, com um disparo na nuca. Cinco dos seis assassinados eram parentes.
As mortes foram motivadas porque a família, envolvida com o tráfico de drogas, era extorquida por policiais militares. Um dos militares envolvidos na chacina seria amante da Ludmilla Cândida Alves, que mantinha um relacionamento amoroso com o traficante Luciano Lopes dos Santos, que após entrar na residências da família, entraram dois ou três indivíduos portando armas de fogo, que passaram a efetuar disparos contra as vítimas.
Dias antes do crime, o policial e sua equipe teriam ido ao local e se apoderado do dinheiro do tráfico. A jovem ameaçou entregar o policial e os demais componentes da equipe à Corregedoria da Polícia Militar e ao Ministério Público.
De acordo com as testemunhas ouvidas no inquérito, o militar ainda ameaçava a mulher, querendo que ela largasse o namorado e ficasse apenas com ele. Diante da ameaça de denúncia e do ciúme doentio que sentia, o militar e os colegas dele foram até a casa e fizeram a execução.
Morreram Edivone Cândida de Bastos Alves, 47; as filhas Stherfane Cândida de Bastos Reciol, 26, e Ludimilla Cândida Alves, 26; os companheiros delas, Luciano Lopes dos Santos, 34, e Rounandes Teles, 23, e a filha de Ludmilla, Izadora Monique Cândida Alves, de apenas 4 anos.
A chacina foi um dos crimes citados em uma carta anônima enviada em julho a órgãos de segurança pública e à imprensa, atribuindo a policiais militares a autoria de vários crimes, entre eles a morte do cronista esportivo Valério Luiz. A carta cita os nomes de cinco policias militares que supostamente teriam participado da chacina.
Fonte: diário da manhã
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