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sexta-feira, 21 de março de 2014

Testemunha contesta versão de PMs

Que arrastaram Claudia Silva em viatura

Testemunha prestou depoimento na 29ªDP (Madureira)
Testemunha prestou depoimento na 29ªDP (Madureira) Foto: Extra / Rafael Moraes
Paola Serra

Uma dona de casa de 35 anos afirma ter visto o momento em que dois policiais militares do 9º BPM (Rocha Miranda) passavam próximo à casa de Claudia Silva Ferreira, de 38 anos, e atiraram. Segundo a testemunha, os PMs passaram na frente dela e, ao ver a auxiliar de serviços gerais dobrando a esquina, deram entre quatro e seis tiros na direção dela. A testemunha prestou depoimento na 29ª DP (Madureira), na manhã desta sexta-feira relatando a sua versão dos fatos.
— Eu ouvi os tiros e entrei em casa para me abrigar. Esperei uns dez minutos até eles (os tiros) cessarem e voltei para a rua. Nisso, vi o corpo de Claudia caído no chão. Comecei a gritar por ela, mas ela não esboçava mais nenhuma reação.
De acordo com a dona de casa, os dois PMs voltaram até o corpo de Claudia e disseram que a mulher estava respirando. Ainda segundo a versão da testemunha, eles chamaram a viatura para socorrê-la:
— Eles insistiram para mim que ela estava viva. Eu falei que não estava.
Os PMs colocam Claudia, que estava sendo arrastada, de volta na mala da viatura
Os PMs colocam Claudia, que estava sendo arrastada, de volta na mala da viatura Foto: Reprodução de vídeo /
Segundo a testemunha, a viatura entrou de frente na viela e o corpo de Claudia foi jogado na mala. Ainda de acordo com a dona de casa, o resgate demorou mais de 30 minutos, entre os tiros e a chegada do carro da PM.
Ela também desmente a versão dada em depoimento por um dos PMs na 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) de que Claudia foi colocada no porta-malas porque não havia espaço para colocá-la no banco traseiro, já que as portas do veículo não poderiam ser abertas. Ela também garante que os PMs que efetuaram os disparos contra a auxiliar de serviços gerais foram os mesmos que a socorreram. Em depoimento, os policiais contaram que chamaram a viatura e Cláudia foi levada por outros três PMs.
— Um policial veio dirigindo e os outros dois que atiraram entraram na viatura - disse a dona de casa.
Para o advogado João Tancredo os depoimentos mudam os rumos da investigação:
— Os depoimentos só derrubam a farsa montada pelos policiais nesse dia e em todas as outras operações montadas em favelas do Rio de Janeiro.
Uma outra vizinha, que é costureira, também dará seu relato sobre o caso. Ela chegou até o corpo de Cláudia cerca de 15 minutos depois dela ter sido baleada.


Leia mais: http://extra.globo.com/casos-de-policia/testemunha-contesta-versao-de-pms-que-arrastaram-claudia-silva-em-viatura-11944508.html#ixzz2wdMzxekm

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