Policial
Policial confunde furadeira com arma e mata homem no Rio
Hélio Ribeiro, de 47 anos, estava no terraço de casa com a esposa, quando foi atingido e morto. O policial alegou, em depoimento na delegacia, que não conseguiu identificar a furadeira.
Um policial do Batalhão de Operações Especiais da PM do Rio matou nesta quarta um homem que foi confundido com um traficante armado.
Hélio Ribeiro, de 47 anos, morava numa casa, numa vila na Zona Norte do Rio. Ele estava no terraço de casa, usando uma furadeira. A mulher dele também estava no local.
Segundo testemunhas, um policial do Bope, que fazia uma operação no bairro, ao confundir a ferramenta usada pelo morador com uma arma, atirou. Hélio foi atingido por um dos disparos e morreu.
De acordo com os vizinhos, o policial militar fez o disparo em direção à casa de Hélio Ribeiro a uma distância de cerca de 40 metros. O PM alegou, em depoimento na delegacia, que não conseguiu identificar a furadeira.
De acordo com os vizinhos, o policial militar fez o disparo em direção à casa de Hélio Ribeiro a uma distância de cerca de 40 metros. O PM alegou, em depoimento na delegacia, que não conseguiu identificar a furadeira.
A mulher de Hélio disse que eles viram os policiais e chegaram a comentar, segundos antes do disparo: “Eu falei: ‘Vamos continuar a fazer o que estávamos fazendo’. Aí ele pegou a furadeira, subiu na escada e ainda brincou comigo assim: ‘Só falta eles acharem que eu estou com uma arma na mão’. E começou a furar a madeira. Quando eu escutei o estrondo, atiraram nele”.
Segundo a família, o PM atirou sem falar nada. Já a polícia deu outra versão: “Foi dado um brado de alerta pra esse cidadão, contudo o seu movimento, o perigo da região, levaram a esse disparo que resultou neste erro”, justificou o capitão Ivan Blaz, relações-públicas da PM-RJ.
O cabo que fez o disparo saiu da delegacia protegido por colegas. Ele deve ser indiciado por homicídio doloso, quando há intenção de matar.
A delegada disse que o policial não ficará preso porque se apresentou espontaneamente. A Secretaria Estadual de Segurança anunciou que vai oferecer uma pensão e assistência psicológica à família da vítima.
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