PM prende, agride e impede trabalho de jornalistas em protesto em São Paulo
Reportagem do iG foi impedida várias vezes pela PM de fazer imagens das cenas de violência. Quem se recusava a cumprir a ordem corria o risco de ser detido
Jornalistas que cobriam a manifestação pela redução da tarifa de ônibus nesta quinta-feira (13) foram detidos, agredidos e impedidos de trabalhar pela Polícia Militar. Por volta das 17h, antes mesmo do início do protesto, o repórter da revista Carta Capital Piero Locatelli foi detido no Largo do Patriarca. Ele foi acusado de portar um tubo com vinagre. O tradicional tempero para saladas é usado como antídoto contra os efeitos do gás lacrimogêneo. Segundo a PM, a mistura de vinagre com bicabornato de sódio pode ser usada como explosivo. Locatelli foi levado para a delegacia e liberado em seguida.
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Pouco depois da detenção de Locatelli, o repórter Henrique Peirange, do jornal Metro, e outros três fotógrafos levaram um jato de spray de pimenta de um policial enquanto tentavam obter informações sobre os detidos, entre os quais estava uma jornalista da TV Folha, liberada depois de alguns minutos.
A reportagem do iG foi impedida várias vezes pela PM de fazer imagens das cenas de violência. Quem se recusava a cumprir a ordem corria o risco de ser detido. Foi o caso da repórter Marina Novaes, do portal Terra, que chegou a ser lavada para um camburão quando cobria a manifestação na Praça Roosevelt. Ela foi solta graças a uma policial da Tropa de Choque.
Por volta das 20h a PM abriu fogo contra um grupo de jornalistas na rua Augusta. A repórter da Folha de S. Paulo Giuliana Vallone levou uma bala de borracha no rosto , os fotógrafos Fabio Braga e Marlene Bergamo, também da Folha, foram atingidos com balas no rosto, virilha e perna, respectivamente.
Na manifestação de terça-feira outros três jornalistas foram detidos pela PM.
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