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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Juiz adia julgamento de PMs acusados de matar

DECISÃO

Tio e sobrinho na Serra....

Novos documentos foram anexados ao processo e devem passar por perícia; nova audiência acontece em março de 2014; crime aconteceu em 2011, quando tio e sobrinho foram mortos durante uma operação policial

PUBLICADO EM 06/12/13 - 09h18
O juiz  Ronaldo Vasquez decidiu pelo adiamento do júri dos policiais acusados de matar dois moradores do Aglomerado da Serra. Segundo ele, alguns documentos que foram incluídos no processo a pedido da defesa. A audiência estava marcada para começar às 8h30 desta sexta-feira (6), no Fórum Lafayette, no Barro Preto, na região Centro-Sul da capital. O crime aconteceu em 2011, onde tio e sobrinho foram executados durante uma operação policial da Rotam na Vila Marçola.
A nova audiência acontece no dia 18 de março de 2014. Vasquez indeferiu o pedido de liberdade de Jason Ferreira Paschoalino e Jonas David Rosa, que ficarão presos até o julgamento.
Os documentos foram apresentados pelo advogado de defesa do militar Paschoalino, Ércio Quaresma. O defensor mostrou algumas fotos e vídeos que, supostamente, comprovaria a ligação das vítimas com traficantes da região.
No início da manhã, em entrevista à imprensa, o defensor se recusou a dar detalhes da linha de defesa. No entanto, ele disse que ficaria provado para o júri que houve um confronto em que os acusados apenas se defenderam.
“Hoje nós vamos mostrar a verdade para a sociedade. Não houve massacre e sim um confronto”, afirmou o defensor antes do cancelamento do júri.
Quaresma pretendia provar que o tio de Silva, o auxiliar de enfermagem Renilson Veriano da Silva, na época com 39 anos, tinha pólvora nas mãos. Outro ponto destacado pelo advogado é que no colete à prova de balas do militar Jonas David Rosa, foi encontrado uma bala calibre 32 alojada.
O advogado de Rosa, Agnaldo Aquino, confirmou que seu cliente atirou, mas, na versão dele, foi para se defender depois que o colete foi atingido por um disparo de arma de fogo.
Durante a entrevista, Quaresma ainda criticou a atitude do governador Antonio Anastasia de exonerar os acusados. Para ele, a decisão foi arbitrária.
Familiares e amigos pretendiam acompanhar a sessão. “Esperamos por justiça há quase três anos. Vamos ficar até o final e queremos uma decisão justa”, disse a irmã de Jeferson Coelho da Silva, que na época do crime tinha 17 anos. Ela pediu para não ser identificada.
Júri
A audiência seria presidida por Ronaldo Vasquez e o Ministério Público representado pelo promotor Christiano Leonardo Gonzaga Gomes. A previsão era que 20 testemunhas, sendo 15 de defesa dos policiais e cinco de acusação, fossem ouvidas.
Relembre o caso
Em 19 de fevereiro de 2011, Renilson Valeriano da Siva e o adolescente Jeferson Coelho da Silva foram baleados e morreram no Aglomerado da Serra. No dia do crime, acontecia uma operação policial.
Segundo moradores, os acusados chegaram atirando e simularam um tiroteio. A versão é contestada pelos policiais, que alegam ter sido recebidos a tiros.
Após os crimes, populares queimaram dois ônibus e um carro na Vila Marçola.  Os acusados Jason Ferreira Paschoalino e Jonas David Rosa estão presos em São Joaquim de Bicas, na região metropolitana da capital.
 
Atualizada às 12h23

 http://www.otempo.com.br/cidades/juiz-adia-julgamento-de-pms-acusados-de-matar-tio-e-sobrinho-na-serra-1.756653

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