O capitão Rodrigo Boaventura, envolvido na morte de Cláudia Ferreira da Silva, será superintendente de Combate aos Crimes Ambientais da Secretaria estadual de Ambiente. Pasta informou que o oficial responde a processo e não foi condenado.
Por G1 Rio
O capitão da Polícia Militar Rodrigo Boaventura – que é processado por envolvimento na morte de Cláudia da Silva Ferreira, arrastada por uma viatura em março de 2014 – foi nomeado nesta terça-feira (17) como superintendente de Combate aos Crimes Ambientais da Secretaria estadual de Ambiente e Sustentabilidade.
Vídeos
A nomeação foi antecipada na coluna Extra, Extra, no jornal Extra, e confirmada pelo G1.
Procurada, a secretaria informou em nota que "o oficial responde a processo e não existe nenhuma condenação [contra Boaventura]".
Morta e depois arrastada
Há seis anos, as circunstâncias da morte e do suposto resgate de Cláudia chocaram o Rio.
No dia 17 de março de 2014, Cláudia da Silva Ferreira, de 38 anos, morreu após ser baleada no pescoço nas costas durante uma troca de tiros entre policiais do 9º Batalhão (Rocha Miranda) e traficantes do Morro da Congonha, em Madureira, na Zona Norte.
Cláudia da Silva Ferreira foi arrastada em carro da polícia militar do Rio de Janeiro — Foto: Mariucha Machado/G1
À Polícia Civil, os policiais militares que participaram da operação – comandada pelo então tenente Rodrigo Boaventura – afirmaram que Cláudia ainda estava viva quando foi socorrida. No entanto, a Secretaria estadual de Saúde informou que a mulher chegou morta no Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, também na Zona Norte.
No suposto socorro, Cláudia teve o corpo arrastado por 350 metros por uma viatura que participou da operação. O cadáver da mulher batia contra o asfalto enquanto o veículo ultrapassava outros carros.
Pedestres e motoristas tentaram alertar os PMs sobre a situação, mas os policiais não pararam a viatura. Um cinegrafista amador que passava pelo local registrou a cena.
Nenhum comentário:
Postar um comentário