Série especial de OSG mostra que após 'epidemia' provocada por '2N', aliança do TCP com milicianos ameaça paz em SG, Niterói e Itaboraí
Enviado Direto da Redação
Reportagens: Alan Emiliano, Ari Lopes, Renata Sena e Sérgio Soares
Edição: Ari Lopes e Sérgio Soares
Durante sete meses do ano passado (2019), a partir do fim de abril, moradores de diversas comunidades de São Gonçalo, Niterói e Itaboraí, três das mais populosas cidades da Região Leste Fluminense, com quase 2 milhões de habitantes, viveram momentos de apreensão e medo, mas nada parecido com os dias de hoje, em 2020, onde o inimigo é invisível (o coronavírus), que já matou centenas de milhares de pessoas no mundo, mas até agora fez poucas vítimas fatais na região.
Há um ano, o 'fantasma' que 'assombrava' essas três cidades era uma 'sangrenta' disputa de territórios entre facções rivais de traficantes de drogas. Foram cerca de 210 dias com moradores de dezenas de comunidades nas três cidades vivendo com medo e até mesmo um tipo de isolamento dentro de casa a partir de determinados horários, seguindo ordens de toque de recolher determinado por traficantes. Ao longo dessa série de reportagens, o leitor vai conhecer melhor essa história e o 'pivô' de tudo: Thomas Jayson Vieira Gomes, o '2N', que virou '3N'.Nesse sábado (25) faz um ano que Thomas Jayson, então '2N' comandou um 'golpe de estado': matou seu fiel aliado, Schumaker Antonácio do Rosário, o 'Piloto' ou 'F-1', mudou de facção, e deu início a uma das maiores disputas por controle de territórios no 'mundo do crime' na Região Metropolitana do Estado dos últimos tempos, que deixou um saldo de pelo menos 50 mortos.
Nessa data, após 'reinar' absoluto durante quase três anos nas fileiras do 'Comando Vermelho' (CV), administrando os 'negócios' milionários de Antonio Ilário Ferreira, o 'Rabicó', no Complexo de comunidades do Salgueiro, em São Gonçalo, considerado o maior entreposto do tráfico de drogas do Estado, '2N' decidiu abandonar sua antiga facção e se associar ao 'Terceiro Comando Puro' (TCP), adotando novo codinome, '3N'.
Nessa data, após 'reinar' absoluto durante quase três anos nas fileiras do 'Comando Vermelho' (CV), administrando os 'negócios' milionários de Antonio Ilário Ferreira, o 'Rabicó', no Complexo de comunidades do Salgueiro, em São Gonçalo, considerado o maior entreposto do tráfico de drogas do Estado, '2N' decidiu abandonar sua antiga facção e se associar ao 'Terceiro Comando Puro' (TCP), adotando novo codinome, '3N'.
Seus planos, liderando seus 'soldados' à frente da 'Tropa do Corinthians', duraram exatos sete meses, quando ele e outros cinco principais 'colaboradores' acabaram mortos durante ação da polícia num sítio em Cabuçu, uma bucólica região rural de Itaboraí, em 26 de novembro de 2019. Mas, errou quem pensou que o desaparecimento do grupo significasse o fim dos conflitos entre criminosos na região. A partir de amanhã (25), no nada louvável primeiro aniversário do início desses sete meses da 'epidemia' de violência, com a 'mutação' do novo 'vírus' do crime, de '2N' para '3N', que rapidamente se disseminou e atacou comunidades de São Gonçalo, Itaboraí e Niterói, O SÃO GONÇALO vai mostrar na série especial, de quatro capítulos, 'Tráfico&Milícia, Uma Nova Firma', que o problema pode evoluir para uma 'pandemia' nas três cidades e com reflexos em comunidades de outros municípios.
É que sem o comando de '3N', a sua facção, o TCP está se associando a grupos de milicianos para garantir o domínio de seus territórios e enfrentar o CV pelo controle de outras áreas. Já existem registros e investigações policias que apontam que a sociedade entre eles já foi selada em comunidades de Itaboraí, onde houve um racha na milícia liderada por 'Orlando Curicica', com parte do grupo se aliando ao TCP em quatro bairros da cidade. As investigações também apontam a extensão da sociedade entre TCP e milícia em regiões de São Gonçalo e na Zona Norte de Niterói, num 'negócio' que pode movimentar milhões por mês nas três cidades.
É que sem o comando de '3N', a sua facção, o TCP está se associando a grupos de milicianos para garantir o domínio de seus territórios e enfrentar o CV pelo controle de outras áreas. Já existem registros e investigações policias que apontam que a sociedade entre eles já foi selada em comunidades de Itaboraí, onde houve um racha na milícia liderada por 'Orlando Curicica', com parte do grupo se aliando ao TCP em quatro bairros da cidade. As investigações também apontam a extensão da sociedade entre TCP e milícia em regiões de São Gonçalo e na Zona Norte de Niterói, num 'negócio' que pode movimentar milhões por mês nas três cidades.
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Leia amanhã o primeiro capítulo da série: Milícia 'racha' em Itaboraí e 'TCP' entra 'na briga' por territórios
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