Novas imagens mostram que os dois homens foram alvo de vários tiros de um guarda, que reagia a um assalto ao lado do veículo onde eles estavam
- SÃO PAULO
Do R7
Imagens mostraram guarda agredindo um dos homens que estava no carro
Reprodução/ Record TV
Familiares dos dois homens que morreram em um tiroteio dentro de um posto de gasolina no último sábado (12) falaram à Record TV e pediram por justiça. Rodinei Alves dos Reis e Bruno Nascimento de Souza foram alvejados por um guarda municipal, que reagiu a um assalto atirando no carro onde as vítimas estavam.
Dentro do veículo também estava Kauê Oliveira Francisco, que afirmou em depoimento ter ido junto com os outros dois amigos para trabalhar como vendedor ambulante na cidade de Aparecida. Eles estavam voltando do local com caixas de sorvete no carro. Nenhum deles tinha passagem pela polícia.
O irmão de Kauê, que sobreviveu ao ataque, garante que os três homens alvos de tiros do guarda não tinham nada a ver com o assalto: "Não deram nenhuma chance de reação para ele, nem para os outros meninos. Eles eram totalmente inocentes, foram para trabalhar. Saíram daqui cedo, e os meninos daqui também eram todos trabalhadores", disse.
Imagens são diferentes da versão dos guardas
Imagens de segurança do posto mostram o momento em que dois suspeitos chegam ao local e rendem dois guardas municipais, acompanhados de suas namoradas. Os suspeitos, a poucos metros do carro onde os supostos ambulantes estavam, roubam a moto e os capacetes dos agentes de segurança, que reagem.
Eles sacam suas armas e atiram no momento em que os suspeitos se afastam para ir embora com a moto. Um dos guardas atira na dupla montada na moto, que foge do local. O outro atira várias vezes em direção ao carro onde estavam duas das três vítimas do tiroteio, parado próximo à ação.
O vídeo mostra história diferente da versão apresentada pelos guardas municipais no dia do crime, que afirmaram que foram abordados por dois homens que saíram de um sedan prata. Imagens também mostraram o momento em que Kauê sai do carro ferido, com as mãos para o alto e é agredido repetidas vezes por um dos guardas. No chão, ele recebe chutes e coronhadas.
Ele foi preso no local e encaminhado à delegacia. Uma das testemunhas do tiroteio relatou no boletim de ocorrência que Kaue teria participado do roubo, anunciando o assalto.