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sábado, 22 de fevereiro de 2014

Prisão de 12 PMs intimida os rebeldes,

Que diminuem o tom das críticasApós as detenções de um oficial e 11 praças acusados de incentivarem a tropa a atrasar o atendimento das ocorrências, os principais representantes da categoria baixam o tom das críticas. Mais 20 militares são investigados pela corporação

Publicação: 22/02/2014 08:03 Atualização:


Cerca de 15 mil PMs e bombeiros participaram de marcha na quinta-feira na Esplanada dos Ministérios: protesto após acordo com o GDF (Gustavo Moreno/CB/D.A Press)
Cerca de 15 mil PMs e bombeiros participaram de marcha na quinta-feira na Esplanada dos Ministérios: protesto após acordo com o GDF


As prisões de 12 policiais militares quatro meses depois do início da operação tartaruga tiveram reflexos na tropa. Enquanto as associações representativas de PMs e bombeiros, responsáveis por incentivar o atraso no atendimento das ocorrências durante o movimento, diminuíram o tom das críticas e dos ataques ao governo, os fóruns de discussão da categoria na internet silenciaram durante todo o dia. Justamente ontem, quando a Polícia Militar deteve um oficial e 11 praças — os nomes e as patentes não foram confirmados pela corporação.
Correio apurou, no entanto, que, entre os presos, há um capitão vinculado ao Centro de Comunicação Social. Os demais envolvidos são soldados e sargentos dos batalhões ambiental e de São Sebastião. Todos estão na ativa. Segundo a investigação interna, eles são responsáveis, entre outras coisas, pela distribuição de e-mails e por publicações em redes sociais incentivando os colegas a retardarem o trabalho. O grupo também teria desobedecido a ordens superiores.

Segundo uma fonte no Comando da PM, os 12 mandados teriam sido cumpridos até a noite. Outros 20 policiais estariam identificados por atitudes semelhantes e podem ser presos a qualquer momento. Conforme a legislação militar, os homens presos provisoriamente cometeram quatro crimes, que podem levá-los à cadeia no fim do processo. Além disso, pelas condutas identificadas, também responderão administrativamente a procedimentos que podem ir de advertências a expulsão.

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Durante as prisões de ontem, coincidentemente, não foram encaminhados e-mails com críticas a oficiais e a figuras do governo e com conclamações para a manutenção dos movimentos reivindicatórios. As mensagens eletrônicas eram comuns nas caixas-postais de policiais militares e de jornalistas desde o fim do ano passado. A última delas foi enviada por volta das 20h de quinta-feira lembrando que a operação legalidade (ex-tartaruga) continuaria.


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