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sábado, 22 de fevereiro de 2014

Policiais são suspeitos de cobrar propina

De presos em Brasília........

Os acusados seriam transferidos neste sábado para a Penenitenciária da Papuda no DF
Foto: reprodução
Três agentes penitenciários são suspeitos de cobrar propina para deixar os presos dormirem fora da prisão. Eles estavam até ontem na carceragem da Polícia Civil de Brasília acusados de corrupção, mas seriam levados para a Penitenciária da Papuda.
Segundo as investigações, um dos policiais trabalha há quase 30 anos na polícia. Faltavam 10 dias para ele se aposentar. O agente está no topo da carreira, com salário de R$ 11,8 mil. Outro policial tem 25 anos de serviço público – cinco deles na polícia. A Corregedoria não informou o salário; mas, pelo tempo de serviço, é estimado em R$ 7,2 mil. O terceiro suspeito tem15 anos de polícia e salário não foi informado.
Os três trabalhavam no Centro de Progressão Penitenciária, onde os presos do regime semiaberto voltam para dormir depois de passar o dia fora. Segundo a denúncia, os agentes falsificavam os registros de retorno dos detentos. Os policiais passaram a ser investigados pela Corregedoria em abril do ano passado, depois de denúncia de colegas que não participavam do esquema. Segundo a polícia, os agentes cobravam de R$ 200 a R$ 500 por noite que os detentos passavam fora da prisão. Alguns ficavam até três dias seguidos fora – ao custo de R$ 1,5 mil.
De acordo com a Corregedoria, 49 presos teriam pagado propina aos policiais. Um deles ajudava a recrutar outros detentos e recebia uma comissão por isso. Eles vão voltar ao regime fechado e responder por corrupção ativa. Os agentes podem pegar até 16 anos de prisão. A pena pode ser aumentada em um terço por se tratar de policiais.
Caso a denúncia seja aceita, os policiais vão responder por corrupção passiva, formação de quadrilha e podem ser expulsos da corporação. “Vão responder procedimento administrativo disciplinar e, se condenados, ao final, eles então irão para a rua. A pena é de demissão”, declara a corregedora da Polícia Civil Cláudia Alcântara.


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