Segundo a mãe, vítima tinha deixado a prisão na sexta-feira.
Incidente aconteceu no sábado, na Zona Sul de São Paulo.
O jovem Washington Ramalho da Silva, que teve 60% do corpo queimado durante uma abordagem policial na madrugada deste sábado (8), na Zona Sul de São Paulo, seguia internado na manhã desta terça-feira (11) em estado grave, mas estável, no Hospital do Servidor Público Estadual. Ele não corre risco de morte.
O policial militar Maurício Penny Ribeiro, detido no sábado suspeito de colocar fogo em Washington, precisou ser encaminhado ao Hospital da Polícia Militar por ter sofrido queimaduras de segundo grau nos braços e em seguida foi levado ao Presídio Militar Romão Gomes, na Zona Norte.
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O jovem tinha deixado a prisão na sexta-feira (7) depois de cumprir três meses de pena por furto. Segundo a mãe de Washington, Selma Ramalho da Silva, de 38 anos, Washington foi com ela a um shopping para comprar roupas na sexta-feira após sair da prisão. Depois, foram para a casa da família, em Americanópolis, na Zona Sul. “Falei para ele não sair de casa. Num descuido, ele acabou saindo com um amigo. Depois, ele me falou que só queria dar uma volta de moto”, disse Selma.
O incidente aconteceu após acabar o combustível da moto em que estavam Washington e seu amigo, William Gonçalves da Silva. Um casal se ofereceu para ajudá-los e foi buscar gasolina. Em seguida, quatro policiais abordaram os rapazes. O casal voltou com o combustível e foi embora.
O incidente aconteceu após acabar o combustível da moto em que estavam Washington e seu amigo, William Gonçalves da Silva. Um casal se ofereceu para ajudá-los e foi buscar gasolina. Em seguida, quatro policiais abordaram os rapazes. O casal voltou com o combustível e foi embora.
Segundo Selma, seu filho lhe contou que um dos policiais, Maurício Penny Ribeiro, pegou a gasolina e jogou nele e em William. Depois, o PM teria pegado um isqueiro e colocado fogo. “Fez uma explosão. Meu filho saiu correndo, tentando apagar o fogo do rosto com a mão. Depois, o policial viu que tinha uma pessoa perto vendo o que estava acontecendo. Aí ele abraçou meu filho para falar que estava salvando ele”, disse Selma.
Washington foi levado inicialmente para o Hospital Municipal Saboya, mas depois foi transferido para o Servidor Público. Segundo Selma, o jovem está conseguindo falar bem, mas ainda está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Selma ainda contou que precisou tomar medicamentos depois que soube o que tinha acontecido com Washington. “Hoje eu estou conseguindo falar, mas ontem não estava conseguindo. Quando eu soube que tinham jogado gasolina no meu filho, não passou nada na minha cabeça. Fiquei em choque”, comentou. Ela ainda não foi à delegacia para saber como está a investigação do caso. “Não estou em estado para fazer isso. Agora, estou apenas cuidando do meu filho”, disse.
PM preso após abordagem
Segundo o advogado do policial militar Maurício Penny Ribeiro, Thiago de Souza Duca, ele permanecia em “choque” nesta segunda por conta do ocorrido. Questionado sobre o que o policial teria dito sobre a abordagem, Duca afirmou que Ribeiro não sabe dizer exatamente o que aconteceu. “Ele está muito confuso, em choque. Ainda não caiu na real”, comentou.
Segundo o advogado do policial militar Maurício Penny Ribeiro, Thiago de Souza Duca, ele permanecia em “choque” nesta segunda por conta do ocorrido. Questionado sobre o que o policial teria dito sobre a abordagem, Duca afirmou que Ribeiro não sabe dizer exatamente o que aconteceu. “Ele está muito confuso, em choque. Ainda não caiu na real”, comentou.
De acordo com o comandante interino, Gilson Paulo, o soldado descreveu o ocorrido como "um acidente". "Segundo a versão dele, o cigarro que ele estava fumando caiu ao chão e acabou pegando fogo em uma das vítimas. Um acidente", afirmou o comandante.
A Polícia Militar informou que o soldado recebeu voz de prisão dos próprios companheiros, que também precisaram contê-lo, porque "não compactuaram com a atitude do acusado”. O soldado está na corporação há dois anos.
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