16/07/2013 21h40 - Atualizado em 16/07/2013 21h40
Evolução patrimonial de policiais presos em SP....
Operação deteve sete policiais suspeitos de ligação com traficantes.
Justiça concedeu 13 mandados de prisão; seis seguem foragidos.
Comente agora
A investigação foi pedida pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) com base no decreto 58.276, de agosto de 2012. Se a Corregedoria constatar uma evolução do patrimônio incompatível com os recursos recebidos pelos funcionários, os policiais civis terão 10 dias para apresentar uma justificativa. O decreto prevê afastamento e até exoneração dos servidores públicos nos casos de enriquecimento ilícito.
A investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Campinas, obteve na 6ª Vara Criminal da cidade 13 mandados de prisão contra delegados, investigadores, escrivães e carceireiros suspeitos de crimes como corrupção, extorsão, formação de quadrilha - como por exemplo associação para o tráfico de drogas. Participaram da operação cerca de 60 policiais civis.
saiba mais
Entre as provas contra os suspeitos estão conversas telefônicas interceptadas com autorização judicial. De acordo com o Ministério Público, os policiais civis cobravam uma anuidade de R$ 300 mil dos traficantes para não serem presos, além de uma mensalidade.O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, disse, na noite desta terça-feira (16), que no prazo de 10 dias serão anunciadas mudanças no Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), onde trabalhavam os policiais detidos.
O secretário se reuniu no fim desta tarde com o governador no Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul de São Paulo, para discutir as diretrizes destas mudanças. “Tivemos essa reunião para discutirmos as diretrizes para uma reformulação do Denarc, inclusive quanto aos mecanismos de controle e outros meio que garantam melhores resultados. Elas (diretrizes) serão definidas e anunciadas dentro de 10 dias”, afirmou, sem dar detalhes.
De acordo com Grella, seis policiais suspeitos de envolvimento com o tráfico são considerados foragidos. “Nós vamos divulgar as fotos deste policiais por meio do site da secretaria e contamos com a população para passar informações por meio do Disque-Denúncia”, disse.
Os nomes dos foragidos são Daniel Dreyer Bazzan, Danilo da Silva Nascimento, Gilson Iwamizu dos Santos, Jandre Gomes Lopes de Souza, Leonel Rodrigues Santos e Silvio Cesar de Carvalho Videira, segundo a secretaria.
O secretário fez questão de deixar claro que o governo não vai tolerar qualquer desvio de conduta por parte de policiais. "Nós sabemos que é uma minoria de policiais que macula a imagem da instituição. Por isso a nossa posição sempre firme de apoiar as investigações e de levar adiante medidas que visem responsabilizar essa minoria que trabalha contra os interesses da sociedade", declarou Grella.
Combater falhas
Em entrevista à Rádio CBN nesta terça-feira, o diretor do Denarc, Marco Antônio de Paula Santos, afirmou que é preciso combater falhas de controle no departamento para evitar os desvios. Ele citou como exemplo o monitoramento dos percursos feitos pelos carros do Denarc em São Paulo, onde haveria um controle total. Fora da capital, segundo ele, esse monitoramento não é completo.
Santos acredita ainda ser possível diminuir o efetivo de policiais no Denarc, reduzindo ações para apreender drogas e centrando nos serviços de inteligência para combater o grande traficante. Segundo ele, ao assumir a direção do Denarc havia 362 funcionários e hoje, são 318. O delegado diz acreditar que é possível enxugar ainda mais o quadro.
Policiais que estão foragidos, em fotos divulgadas pela Secretaria da Segurança (Foto: Divulgação/SSP)
Nenhum comentário:
Postar um comentário