Para 57% dos ouvidos pelo Ibope, polícia agiu de forma muito violenta
Grande maioria dos manifestantes, 66%, disse que depredações de bens públicos e privados nunca são justificadas.
Durante as manifestações dos últimos dias, as equipes do Fantástico acompanharam de perto o vandalismo e a ação da polícia em vários estados. Depoimentos e imagens inéditas mostram esses dois lados dos protestos e o resultado da pesquisa do Ibope sobre o assunto.
Nas manifestações pelo Brasil, o Fantástico perguntou: o que você acha do vandalismo que aconteceu em alguns protestos?
“Essas pessoas que fazem vandalismo, que fazem violência, não nos representam”, diz a manifestante Perla Sampaio.
“Vandalismo não colabora em nada e, pior, tira o foco da manifestação”, comenta o manifestante Daniel Scopel.
País afora, dezenas de manifestações pacíficas. Mas também destruição.
Rio de janeiro, quinta-feira passada (20). Um vândalo usou até uma machadinha.
“Eram vândalos de oportunidade e vândalos que já buscaram as manifestações pacíficas com intuito de realizar ações de vandalismo, ações criminosas, de saques. Nós tínhamos vândalos certamente arregimentados pelo tráfico de drogas local”, analisa o comentarista de segurança Rodrigo Pimentel.
São Paulo, terça passada (18). Nossas equipes filmaram manifestantes, que não queriam violência, tentando impedir que baderneiros invadissem a Prefeitura. Mas o quebra-quebra seguia.
As imagens - obtidas pelo Fantástico - mostram quando os guardas metropolitanos se protegem dentro do prédio. Do lado de fora, a bandeira paulista é queimada. As bandeiras do Brasil e da cidade de São Paulo escapam.
Confira os resultados da pesquisa do Ibope em oito capitais. Agora, sobre o vandalismo.
A grande maioria dos manifestantes, 66%, disse que depredações de bens públicos e privados nunca são justificadas; 28% responderam que essas ações são justificadas somente em certas circunstâncias. E apenas 5% consideram que depredações são sempre justificadas; 1% não soube responder.
Vale lembrar que as perguntas foram feitas durante as manifestações de quinta-feira, e a pesquisa pode ter incluído participantes que fizeram ou tinham intenção de promover vandalismo.
“Os atos de vandalismo, apesar de terem dado muito prejuízo, foram isolados. Porque se a maioria fosse a favor, teria sido um cenário de guerra total, algo absolutamente incontrolável”, disse o psiquiatra forense do Hospital das Clínicas/SP, Daniel Martins de Barros.
E o que os manifestantes acham da atuação da polícia?
“A polícia tá aqui pra manter a ordem, pra fazer com que as coisas corram bem”, disse a manifestante de São Paulo Carolina Bergamo.
“Vandalismo não colabora em nada e, pior, tira o foco da manifestação”, comenta o manifestante Daniel Scopel.
País afora, dezenas de manifestações pacíficas. Mas também destruição.
Rio de janeiro, quinta-feira passada (20). Um vândalo usou até uma machadinha.
“Eram vândalos de oportunidade e vândalos que já buscaram as manifestações pacíficas com intuito de realizar ações de vandalismo, ações criminosas, de saques. Nós tínhamos vândalos certamente arregimentados pelo tráfico de drogas local”, analisa o comentarista de segurança Rodrigo Pimentel.
São Paulo, terça passada (18). Nossas equipes filmaram manifestantes, que não queriam violência, tentando impedir que baderneiros invadissem a Prefeitura. Mas o quebra-quebra seguia.
As imagens - obtidas pelo Fantástico - mostram quando os guardas metropolitanos se protegem dentro do prédio. Do lado de fora, a bandeira paulista é queimada. As bandeiras do Brasil e da cidade de São Paulo escapam.
Confira os resultados da pesquisa do Ibope em oito capitais. Agora, sobre o vandalismo.
A grande maioria dos manifestantes, 66%, disse que depredações de bens públicos e privados nunca são justificadas; 28% responderam que essas ações são justificadas somente em certas circunstâncias. E apenas 5% consideram que depredações são sempre justificadas; 1% não soube responder.
Vale lembrar que as perguntas foram feitas durante as manifestações de quinta-feira, e a pesquisa pode ter incluído participantes que fizeram ou tinham intenção de promover vandalismo.
“Os atos de vandalismo, apesar de terem dado muito prejuízo, foram isolados. Porque se a maioria fosse a favor, teria sido um cenário de guerra total, algo absolutamente incontrolável”, disse o psiquiatra forense do Hospital das Clínicas/SP, Daniel Martins de Barros.
E o que os manifestantes acham da atuação da polícia?
“A polícia tá aqui pra manter a ordem, pra fazer com que as coisas corram bem”, disse a manifestante de São Paulo Carolina Bergamo.
“Eu acho que a polícia tem agido violentamente, sim, contra os manifestantes”, disse o manifestante de Belo Horizonte Pedro Faria.
Estas são imagens exclusivas. Na capital paulista, dez dias atrás, a repórter da Folha de S. Paulo Giuliana Vallone levou um tiro de bala de borracha, disparado pela PM. Foi atingida no olho.
Uma manicure - que voltava do trabalho – explicou: “Na hora que eles apontaram na nossa direção, ela me puxou para dentro desse estacionamento, sendo que ela mesma não deu tempo de ela entrar”, disse Valdenice.
Estas são imagens exclusivas. Na capital paulista, dez dias atrás, a repórter da Folha de S. Paulo Giuliana Vallone levou um tiro de bala de borracha, disparado pela PM. Foi atingida no olho.
Uma manicure - que voltava do trabalho – explicou: “Na hora que eles apontaram na nossa direção, ela me puxou para dentro desse estacionamento, sendo que ela mesma não deu tempo de ela entrar”, disse Valdenice.
Quinta-feira passada, no Rio, nossas equipes registram outra situação em que a PM acabou atingindo quem não fazia baderna.
Mais uma bomba e a policia não deixa de agir, mesmo com as pessoas não oferecendo nenhuma resistência. Manifestantes tentaram se proteger numa lanchonete.
A estudante Carina Pazoto estava lá: “A polícia mirando na gente, como se a gente fosse, sei lá, bandido. A gente não estava fazendo nada de errado”.
Mais uma bomba e a policia não deixa de agir, mesmo com as pessoas não oferecendo nenhuma resistência. Manifestantes tentaram se proteger numa lanchonete.
A estudante Carina Pazoto estava lá: “A polícia mirando na gente, como se a gente fosse, sei lá, bandido. A gente não estava fazendo nada de errado”.
Cinquenta e sete por cento dos entrevistados pelo Ibope, no Rio e em mais sete capitais, disseram que a polícia agiu de forma muito violenta; 24% afirmam que foi violenta, mas sem exageros; 15%, que a polícia agiu sem violência; e 4% não souberam ou não quiseram responder.
Os governos do Rio e de São Paulo investigam possíveis excessos policiais.
“Importantíssimo frisar que democracia precisa de polícia. E polícia forte, mas polícia forte não é polícia violenta. Polícia violenta perde a legitimidade e faz com que, muitas vezes, você até dá mais combustível pras manifestações”, avalia Renato Sérgio de Lima do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Na quinta-feira, um PM do Rio foi ferido na cabeça por manifestantes.
“Eu fiquei desacordado. Ainda bem que os companheiros estavam lá”, conta o sargento Nilmar Avelino.
Ele falou à repórter Guacira Merlin.
Os governos do Rio e de São Paulo investigam possíveis excessos policiais.
“Importantíssimo frisar que democracia precisa de polícia. E polícia forte, mas polícia forte não é polícia violenta. Polícia violenta perde a legitimidade e faz com que, muitas vezes, você até dá mais combustível pras manifestações”, avalia Renato Sérgio de Lima do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Na quinta-feira, um PM do Rio foi ferido na cabeça por manifestantes.
“Eu fiquei desacordado. Ainda bem que os companheiros estavam lá”, conta o sargento Nilmar Avelino.
Ele falou à repórter Guacira Merlin.
Fantástico: Você não tem mágoa de quem te fez levar esses dez pontos na cabeça?
Nilmar: Por que teria? De repente, ele não sabe nem o que fez. Sempre vai haver os mais exaltados. Mas acho que as pessoas ali estão reivindicando é um país melhor. Quem não sonha? Eu sonho com um país melhor.
Nilmar: Por que teria? De repente, ele não sabe nem o que fez. Sempre vai haver os mais exaltados. Mas acho que as pessoas ali estão reivindicando é um país melhor. Quem não sonha? Eu sonho com um país melhor.
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