30/05/2012 - 13h01
Para prisão de PMs da Rota
DE SÃO PAULO
As imagens de câmeras de monitoramento e uma ligação telefônica que duraram 12 minutos foram determinantes para a prisão de três policiais da Rota --grupo da Polícia Militar--, suspeitos de torturar e matar um homem detido após um tiroteio na Penha, zona leste de São Paulo.
Países da ONU recomendam fim da PM no Brasil
Testemunha diz que PMs da Rota torturaram suspeito após tiroteio
Policiais da Rota envolvidos em tiroteio que matou 6 são detidos
Testemunha diz que PMs da Rota torturaram suspeito após tiroteio
Policiais da Rota envolvidos em tiroteio que matou 6 são detidos
As imagens foram registradas por câmeras da concessionária que administra a rodovia Ayrton Senna, onde os três policiais estacionaram o carro e permaneceram por 12 minutos. Mesmo horário e minutos em que a central da PM recebeu a denúncia de uma testemunha descrevendo o que estava acontecendo no local. Na ligação foi possível ouvir o som dos tiros disparados contra o homem.
O assassinato ocorreu após tiroteio entre suspeitos e policiais na noite de segunda-feira (28) em um lava-rápido e estacionamento da rua Osvaldo Sobreira.
Segundo a polícia, o grupo planejava uma ação para libertar um detento que seria transferido do CDP (Centro de Detenção Provisória) do Belém, na capital paulista, para a Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (611 km de SP).
A ação terminou com seis suspeitos baleados. Todos foram socorridos, mas um dos carros da Rota desviou do caminho para o hospital. Os três policiais pararam o veículo no km 1 da Ayrton Senna, onde começaram a agredir o suspeito ferido, de acordo com relato da testemunha à polícia.
Em entrevista na terça-feira (29), o diretor do DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa), Jorge Carrasco, o tenente-coronel da Rota, Salvador Madias, e o corregedor da PM, coronel Rui Conegundes, afirmaram que toda a operação da polícia foi legítima, com exceção da postura dos três PMs que teriam matado o suspeito.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
TIROTEIO
Uma equipe de 24 policiais da Rota chegou ao lava-jato na Penha a partir de uma denúncia feita para o quartel da companhia. Na entrada, encontraram um homem, que entregou a arma e não resistiu à prisão.
Quando entraram no estabelecimento, o grupo teria começado a atirar nos policiais, que revidaram. Nenhum policial ficou ferido na ação.
Dos seis mortos no tiroteio de ontem, apenas três foram identificados: Claudio Henrique Mendes da Silva, José Carlos Arlindo Júnior, 35, procurado por furto, roubo e homicídio, e Antônio Marcos dos Santos, 35, procurado por tráfico.
Outros três suspeitos foram presos: Fabiana Rufino de Souza, Luci Maria Pereira Ramos, 48, e Ricardo dos Santos Souza, 34 --os dois últimos já eram procurados sob suspeita de roubo, formação de quadrilha, tráfico e porte de arma. Cinco pessoas conseguiram fugir.
Eduardo Anizelli/Folhapress | ||
Policiais da Rota na frente de lava-rápido onde seis criminosos foram mortos em confronto com a polícia |
Fonte:
Nenhum comentário:
Postar um comentário