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Edição de terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Edição de terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Djalma Beltrami e outros policiais militares são acusados de receber até R$ 160 mil por mês
O tenente-coronel Djalma Beltrami, comandante do 7º Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro, em São Gonçalo, na região metropolitana, foi preso ontem sob a acusação de envolvimento com o tráfico de drogas. Beltrami, que foi árbitro de futebol da Fifa, e mais oito policiais militares, acusados do mesmo crime, foram presos na sede do batalhão por agentes da Polícia Civil que desencadearam ontem a Operação Dezembro Negro. A finalidade é cumprir mandados de prisão contra traficantes e policiais militares.
Djalma Beltrami estava no comando da unidade desde a prisão do então comandante, Cláudio Oliveira, acusado de ser o mandante do assassinato da juíza Patrícia Accioli, em 11 de agosto. A magistrada foi morta com 11 tiros quando chegava a sua casa.
A Operação Dezembro Negro tem a participação de 100 policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói e da Baixada Fluminense e pretende cumprir 24 mandados de prisão, sendo 11 contra traficantes e 13 contra policiais militares do 7º Batalhão.
Segundo a Polícia Civil, as investigações sobre a ligação de traficantes do Morro da Coruja, em São Gonçalo, com homicídios que ocorriam na região, começaram há sete meses e indicaram que policiais militares do 7º Batalhão recebiam propinas de traficantes para não reprimir a venda de drogas na regão. Os valores chegavam a R$ 160 mil por mês.
ÁRBITRO DE FUTEBOL
Djalma Beltrami também foi árbitro de futebol. Ele fez parte do quadro de árbitros da CBF (1995 a 2010) e da Fifa (2006 a 2008).
O árbitro se envolveu em várias polêmicas na carreira. Mas Beltrami ficou marcado sobretudo por ser o árbitro da Batalha dos Aflitos, em 2005, quando expulsou vários jogadores do Grêmio, e mesmo assim o time gaúcho ganhou do Náutico, por 1x0, e se classificou para a Série A do Campeonato Brasileiro.
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