Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

sábado, 27 de novembro de 2010

Rio de Sangue.....

  • 24/10/09 18h30
  • Rio de Sangue em 15 capítulos
  • Da Revista Veja:

    A polícia carioca tem um histórico de conivência com a bandidagem que a faz a mais corrupta do Brasil. Para discutir o tema - se o Rio pode ou não sediar a Olimpíada de 2016, a revista coloca 15 pontos que é preciso enfrentar.

    1- Quem cheira mata
    O usuário de cocaína financia as armas e a munição que os traficantes usam para matar policiais, integrantes de grupos rivais e inocentes.

    2- A cegueira do narcolirismo
    Os traficantes são presença valorizada em certas rodas intelectuais, de celebridades e de jogadores de futebol. Isso facilita os negócios do tráfico e confere legitimidade social à atividade criminosa.

    3- A tolerância com a "malandragem carioca"
    O "jeitinho brasileiro", a aceitação nacional à quebra de regras, se une, no Rio, ao culto da malandragem, que, ao contrário do que parece, não é inocente. Reforça a ilegalidade.

    4- O estímulo populista à favelização

    Os políticos se beneficiam da existência das favelas, convertidas em currais eleitorais. Elas abrigam 20% dos eleitores da cidade.

    5- O medo de remover favelas
    Os aglomerados de barracos, com suas vielas, são o terreno ideal para o esconderijo de bandidos. É hipocrisia tratar a remoção como desrespeito aos direitos dos moradores.

    6- Fingir que os bandidos não mandam
    Eles mandam. Indicam quem vai trabalhar no PAC e circulam livremente com seus fuzis próximo aos canteiros de obras do principal programa do governo federal. Decidem sobre a vida e a morte de milhares de inocentes.

    7- Combater o crime com mais crime
    O governo incentivou a criação de grupos formados por policiais, bombeiros e civis para se contrapor ao poder do tráfico. Deu o óbvio. Onde esses grupos venceram, viraram milícias e instalaram a lei do próprio terror.

    8- Marginais são cabos eleitorais de políticos
    Muitas associações de moradores funcionam como fachada para que criminosos apareçam como "líderes comunitários" e possam fazer abertamente campanha por seus candidatos. Na Câmara dos Vereadores e na Assembleia Legislativa existe uma "bancada da milícia".

    9- A corrupção torna a polícia mais inepta
    A taxa de resolução de homicídios no Rio é de 4%. Em São Paulo é de 60%.

    10- As comunidades servem de escudos humanos
    Os bandidos usam a população civil sob seu domínio para dificultar a ação da polícia. Quando um morador morre e se noticia que foi vítima do confronto, o bandido vence a guerra da propaganda. Se não houvesse criminosos, não haveria confronto.

    11- O governo federal está se lixando
    Como o crime no Rio não afeta a popularidade do presidente, a questão não é prioritária. Dos 96 milhões de reais previstos para modernizar a polícia em 2009, somente 12 milhões de reais chegaram aos cofres do estado.

    12- As favelas não produzem drogas nem armas
    Nunca se fala ou se age decisivamente contra a estrutura profissional e internacional de fornecimento de cocaína e armas aos traficantes cariocas. Inexiste a fiscalização de estradas, portos e aeroportos.

    13- Os portos brasileiros são uma peneira
    Somente 1% dos contêineres que passam pelos portos é escaneado para a fiscalização do contrabando de armas e drogas. É uma omissão criminosa, pois 60% do tráfico de drogas se dá por via marítima.

    14- Quem manda nas cadeias são os bandidos
    As organizações criminosas comandam a operação na maioria dos presídios brasileiros. Elas cobram pedágio dos presos -- pago lá fora pelos familiares à organização --, planejam e coordenam ações criminosas.

    15- Os advogados são agentes do tráfico
    Eles têm acesso constitucionalmente garantido aos presos que defendem nos tribunais. Muitos usam esse direito para esconder seu real papel nas quadrilhas: o de levar ordens de execução e planos de ataque.

    Leia mais sobre o Rio de Sangue.
  • 22/10/09 20h43
  • Ainda sobre o Rio de Sangue
  • Da Agência Estado:

    "PM no Rio expulsa um policial a cada dois dias"

    Segundo a matéria, "Segundo a matéria, "Foram 1.716 policiais excluídos entre 1999 e 2009, segundo dados da Corregedoria da Polícia Militar. Só nos últimos dois anos, quando 313 PMs foram expulsos, a ouvidoria do Ministério Público Estadual recebeu 212 denúncias a respeito de desvios de conduta deles".

    Vejam o que pensa o dep. estadual Marcelo Freixo (PSol):

    "A corrupção policial está institucionalizada, é endêmica e é reflexo da corrupção política. É o resultado da escolha histórica de manter a ordem de maneira absolutamente violenta."

    Tudo bem deputado. Agora, qual a solução?


    Leia mais sobre o "Rio de Sangue".
  • 21/10/09 18h56
  • Explicando o Rio de Sangue
  • Do Estadão:

    "O governo do Estado do Rio não consegue realizar os investimentos previstos nos orçamentos para a segurança pública – que reúne ações para as Polícias Militar e Civil, bombeiros e sistema penitenciário, entre outros. Dados do Sistema de Informações Gerenciais (SIG) da Secretaria de Estado de Fazenda mostram que, em 2009, dos R$ 421 milhões de dotação inicial para o setor, o Estado só liquidou R$ 102,1 milhões até ontem – 24,2% do total. Nos três anos da administração Sérgio Cabral, o total previsto em investimentos para segurança pública chegava a R$ 804.818.112, segundo o SIG. Até ontem, a realização dessas ações consumiu apenas R$ 316.102.753,36 – ou 39,2% do total de dotações."

    Para a antropóloga Jacqueline Muniz,

    "Não há diretrizes explícitas [na política de segurança de Sérgio Cabral], os princípios não estão claros. Só há metas numéricas, quantitativas. Quais são os objetivos? Não tem os fins. E o que se tem [de orientação] produz contradição e tensão entre os meios materiais e os modos como se faz, dando a impressão de que a polícia está despreparada. Não tem uma política clara, pactuada. A única diretriz pública é a do enfrentamento".

    Ou seja, Cabral e sua política de segurança são engôdos!

    Enquanto os gastos com segurança são insuficientes, os gastos com a imprensa no Rio são astronômicos. A falta de competência do governador tenta ser compensada pela matança promovida pela Polícia Militar e a clara "mordaça" na imprensa que prefere exibir o milagre no Dona Marta como um exemplos (nem tão exemplo assim) de resultado positivo na Política de Seurança.

    Conclusão: esse Rio de Sangue...
  • 20/10/09 14h43
  • Rio de Sangue, do timoneiro Cabral
  • Deu na Imprensa:

    "Rio tem aproximadamente 20 mil desaparecidos em 4 anos"

    São números que impressionam. Refletem o tamanho do problema da violência carioca. É claro que nem todo desaparecido é morto por causa da violência. Tem os que fugiram de casa - provavelmente de lares desestruturados - e que acabam voltando quando não são mortos e enterrados como indigentes. Mas geralmente os mortos são vítimas da violência. Sem contar que a política do confronto mata também gente inocente. Trabalhadores que, para o governador, são vagabundos!

    O que esses números mostram?

    Que estamos sendo conduzidos por um RIO DE SANGUE. Uma condção desgorvernada por um tomoneiro que deseja manter-se no poder por mais quatro anos, Cabe ao cidadão carioca responder nas urnas se quer continuar vivendo essa guerra civil ou se prefere apostar num Estado que priorize o ser humano.

    Há ainda uma opção - e permitam-me aqui uma piada - que deve ser considerada:

    Será que estamos contabilizando os desaparecidos-fugitivos que estão evadindo espontâneamente do Estado por falta de emprego, segurança, saúde e educação?

    Será que estão contabilizando esses "desaparecidos"?

    Fica a reflexão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário