Durante a Reunião Extraordinária de Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais , na manhã desta quarta-feira (15/9/10), quatro deputados aproveitaram para apresentar denúncias sobre concorrência desleal no setor de autopeças, obras desnecessárias em trecho da Estrada Real, falta de segurança em pequenos municípios e abuso de autoridade na Polícia Militar de Minas Gerais.
O primeiro a se pronunciar foi o deputado Carlin Moura (PCdoB), que no dia 14/9 almoçou com dirigentes do Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios de Belo Horizonte (Sincopeças) e ouviu queixas a respeito de uma suposta concorrência desleal praticada pelas concessionárias de veículos. Ele explicou que as montadoras têm repassado às concessionárias as peças excedentes da produção, cujo ICMS é 50% menor. Dessa forma, os preços praticados pelas lojas independentes de autopeças estão deixando de ser atrativos para o consumidor. Carlin Moura cobrou também do Governo do Estado maior rigor na realização de inspeções veiculares, a fim de diminuir a incidência de acidentes.
O deputado Padre João (PT) denunciou o Departamento de Estradas de Rodagem (DER/MG) por estar realizando uma obra que, a seu ver, é desnecessária. Ele se refere ao trecho da Estrada Real entre os municípios de Ouro Branco e Conselheiro Lafaiete. De acordo com Padre João, a estrada não tem sequer um buraco, está perfeita, mas mesmo assim o DER/MG está triturando o asfalto existente para fazer um novo. Essa atitude, segundo o deputado, gera a suspeita de “lavagem de dinheiro”. Padre João também elogiou a inauguração, no último domingo, do viaduto que substitui o antigo “Viaduto das Almas”, na BR-040, e saudou as obras realizadas pela União nas rodovias federais.
Em seguida, o deputado Paulo Guedes (PT) cobrou da Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS) o aumento do efetivo policial nos pequenos municípios e distritos, principalmente do Norte de Minas. O parlamentar afirmou que cidades e distritos com menos de 5 mil habitantes têm vivido sem qualquer segurança, citando como exemplo sua terra natal, São João das Missões, onde o efetivo é formado por apenas três policiais. Guedes relacionou essa situação ao chamado “choque de gestão” do Governo de Minas, acrescentando que esses municípios também sofrem com a falta de juízes, promotores, delegados e defensores públicos. Paulo Guedes cobrou uma solução imediata para o problema.
Obs: Esta denúnicia sobre abusos no BPE é velha, (mas apareceu somente agora) mas como estamos em plena campanha eleitoral, vale tudo para sensibilizar os eleitores militares. Isto é uma vergonha!
Já o deputado Sargento Rodrigues (PDT) afirmou que o comandante do Batalhão de Polícia de Eventos (BPE), tenente-coronel Antônio Pereira Carvalho, obrigou 30 policiais militares a trabalharem como serventes de pedreiro, e que a capitão Denise, da 4ª Companhia de Cães, forçou um cabo a capinar o pátio usando somente as mãos. O deputado disse ainda que já informou ao comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel Renato Vieira de Souza, sobre os fatos e que vai fazer um requerimento na Comissão de Segurança Pública para convocar o tenente coronel, a capitão Denise e o capitão Cinério, comandante da 4ª Cia de Cães, para prestarem esclarecimentos sobre as denúncias.
Fonte: Assessoria de Comunicação – www.almg.gov.br
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