Agente revelou que receberia R$ 7 mil por cada aparelho
Bernardo Haddad*
Um policial penal foi preso suspeito de vender celulares a detentos do Presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão da Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com a Polícia Penal, o suspeito fazia “trabalho de formiguinha” na penitenciária.
Segundo o Boletim de Ocorrência (BO), os colegas do policial notaram um comportamento estranho do homem e o questionaram se algo estaria acontecendo. Inicialmente, ele negou qualquer intercorrência, mas depois assumiu que possuía três celulares escondidos na roupa destinados a um detento.
Após entregar os celulares, o agente contou que tinha uma réplica de arma de fogo escondida no carro destinada ao detento e revelou que fazia “trabalho de formiguinha”, levando itens ilegais em pequenas quantidades aos internos.
O policial disse ainda que receberia R$ 7 mil por cada aparelho celular entregue. Ainda de acordo com o BO, o agente era alvo constante de denúncias anônimas e estava sendo monitorado pela equipe de segurança.
Por nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP) informou que abriu procedimento administrativo interno para apurar a conduta do agente.
“O agente já era monitorado pela unidade prisional, o que culminou com o flagrante dessa terça-feira (9/7). No carro do suspeito também foram encontrados outros materiais, entre eles, outros cinco celulares, carregadores, fone de ouvido. Os próprios policiais penais da unidade deram voz de prisão para ele e fizeram os devidos encaminhamentos para autoridades policiais. (...) Destacamos que a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) não compactua com quaisquer desvios de conduta de seus profissionais. Todas as situações são acompanhadas com rigor”, diz a nota da SEJUSP.
Estagiário sob supervisão de Gledson Leão
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