Veja vídeo; documentário sobre o caso Amarildo traz o relato inédito de uma testemunha do crime dada como desaparecida desde 2013
O documentário “Cadê Amarildo?”, lançado no Globoplay nesta sexta-feira (14/7), dez anos depois da morte do ajudante de pedreiro assassinado por policiais militares na Rocinha, traz o relato inédito de uma testemunha do crime dada como desaparecida desde 2013.
A testemunha, que não teve a identidade revelada, disse ter
sido ameaçada pelo comandante da UPP da Rocinha, o major Edson Raimundo dos
Santos, para testemunhar contra traficantes na Polícia Civil do Rio de Janeiro.
A testemunha não contribuiu para as investigações do
Ministério Público fluminense porque estava dada como desaparecida. Ela disse
que o major mataria seu filho se não ela não dissesse que o suposto traficante
“Catatau” havia assassinado Amarildo.
“Era para dizer que o Catatau matou Amarildo, senão eles iam
matar meu filho”, disse a testemunha no documentário dirigido pelo cineasta
Rafael Norton.
A Polícia Militar comprovadamente forjou uma ligação de
Catatau a policiais civis, na qual o homem confessava que havia matado
Amarildo.
Amarildo foi torturado e morto por policiais militares no
dia 14 de julho de 2013. Doze policiais foram condenados pelo crime. Seis
continuam na corporação.
Em entrevista à repórter Manoela Alcântara, do Metrópoles, o
filho mais velho de Amarildo, Anderson de Souza, afirmou: “Ele estava limpando
peixe e desceu para comprar alho e limão no Bar do Júlio. De lá, levaram meu
pai. Os policiais nos conheciam, sabiam da nossa família. Meu pai era um homem
trabalhador, juntou dinheiro para comprar cada tijolo da nossa casa. Levaram
ele dizendo que era para colher depoimento, e meu pai desapareceu. Torturaram
meu pai. Deixaram nossa família sem ele”.
Assista ao trecho do documentário abaixo.
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