27 de maio de 2024, 19h45
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a Polícia Federal colha o depoimento de Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que está preso desde 24 de março sob a acusação de ter planejado o homicídio da vereadora Marielle Franco (Psol) e atuado para proteger os mandantes do crime.
A ordem ocorre depois de o delegado fazer uma “súplica” pelo depoimento. Na semana passada, Barbosa enviou um bilhete ao ministro pedindo, “por misericórdia”, que fosse ouvido. “Solicito que V. Exa. faça os investigadores me ouvir, pelo amor de Deus”, escreveu o ex-delegado.
“Encaminho-lhe os termos da decisão de cópia anexa para adoção das providências necessárias ao seu cumprimento, no sentido de proceder à oitiva do denunciado Rivaldo Barbosa de Araújo Junior, no prazo máximo de 5 (cinco) dias, assegurado o direito ao silêncio e a garantia de não autoincriminação, se instado a responder a perguntas cujas respostas possam resultar em seu prejuízo”, diz Alexandre em ofício encaminhado à PF.
Denúncia
A PGR denunciou o delegado, além do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido) e seu irmão Domingos Brazão, que integrava o Tribunal de Contas do Rio, por planejar e ordenar a morte da vereadora Marielle Franco.
A denúncia foi apresentada em 7 de maio. Os acusados estão presos desde o dia 24 de março, por ordem do relator do caso, ministro Alexandre de Moraes. Eles negam participação no crime.
Passados cinco anos do assassinato de Marielle e Anderson, as investigações tiveram avanço após o ex-policial militar Ronnie Lessa, que confessou a execução do crime, ter fechado um acordo de delação premiada.
Foi Lessa quem apontou para os irmãos Brazão como mandantes, o que fez com que o caso fosse remetido ao Supremo, neste ano, em razão do mandato de deputado federal de Chiquinho Brazão.
Clique aqui para ler ofício de Alexandre
Inq 4.954
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