Cúpula da corporação avisou que não promoverá um "enforcamento público" do coronel que convocou para ato bolsonarista
atualizado 23/08/2021 17:10
O comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, Fernando Alencar Medeiros, tem dito a interlocutores ao longo desta segunda-feira (23/8) que não promoverá um “enforcamento público” do coronel Aleksander Toaldo Lacerda, que foi afastado pelo governador João Doria após usar as redes sociais para convocar amigos a participarem do ato de apoio a Jair Bolsonaro no dia 7 de setembro. Lacerda também escreveu ofensas a Doria e a autoridades de outros Poderes.
A posição do comandante-geral é de que o caso deverá ser tratado com calma e no “ritmo próprio da PM”. Medeiros se reuniu durante o dia com assessores e integrantes do Estado Maior da PM-SP para avaliar se o coronel Lacerda cometeu infrações administrativas ou até um crime militar ao publicar as postagens. Na segunda hipótese, o caso teria de resultar num inquérito para investigar Lacerda na Justiça Militar.
Medeiros também tem afirmado que as postagens configurariam um fato isolado entre os 64 coronéis da ativa da PM-SP e que as tropas seriam disciplinadas e não se deixariam levar por manifestações dessa natureza.
Ao afastar o coronel de suas funções, Doria disse que não aceitará indisciplina na corporação paulista. O governador participou nesta segunda de uma reunião com outros gestores estaduais e fez um alerta sobre o risco de haver uma infiltração bolsonarista nas forças policiais.
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