Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

terça-feira, 24 de agosto de 2021

Governador troca às pressas secretário da PM por temer outro desgaste em sua administração com investigação de coronel

 CI Rio de Janeiro (RJ) 18/01/2019 Entrevista com o Coronel Rogério Figueredo, secretário da PM do RJ. Foto Fabiano Rocha / Agência O Globo

CI Rio de Janeiro (RJ) 18/01/2019 Entrevista com o Coronel Rogério Figueredo, secretário da PM do RJ. Foto Fabiano Rocha / Agência O Globo Foto: Fabiano Rocha / Fabiano Rocha
24/08/21 06:16 
Vera Araújo

A notícia sobre a saída do então secretário de Estado da Polícia Militar, Rogério Figueredo de Lacerda, em plena tarde de domingo, pegou até a própria cúpula do governador Cláudio Castro de surpresa. Apesar da inusitada mudança num fim semana, Castro, após um evento na Fecomércio nesta segunda feira, afirmou à TV GLOBO, que seu governo trabalha todos os dias e que a mudança era de rotina. No entanto, fontes informaram ao Extra que Castro recebera a informação de uma suposta investigação contra Figueredo no domingo, reforçada ainda pela circulação de um dossiê apócrifo com uma série de denúncias referentes à administração do ex-comandante da PM.

— Para gente não tem sábado, não tem domingo, não tem fim de semana, não tem feriado. Eu trabalho todos os dias. Era algo (a saída de Figueredo) que a gente já vinha conversando. Ontem (domingo) foi um dia de trabalho como qualquer outro. Eu já estava pensando na troca, na possibilidade de oxigenar um pouco as polícias. Estava precisando. Ontem nós conversamos e eu decidi fazer a troca — afirmou Castro, que nomeou o coronel Luiz Henrique Marinho Pires para o lugar de Figueredo.

Nos bastidores, o comentário é de que, ao receber a informação que Figueredo poderia estar na mira do Ministério Público — não se sabe ainda se estadual ou federal —, o governador decidiu agir de imediato, para evitar o desgaste de ter mais um secretário preso durante a sua gestão. Na tarde de domingo, em seu gabinete no Palácio Guanabara, Castro chamou os dois coronéis, Figueredo e Henrique. Ele conversou primeiro com o então secretário a portas fechadas, lhe comunicando a exoneração. O substituto, que aguadava na antessala, foi chamado em seguida para ser informado oficialmente da decisão.

Os Ministérios Públicos estadual e federal foram consultados sobre a possibilidade da existência de investigações contra Figueredo, mas informaram que, em caso de sigilo, os promotores e procuradores não informam procedimentos em andamento. O ex-secretário da Polícia Militar foi procurado pelo Extra, mas ele não retornou as ligações.

Na semana passada, o então secretário de Administração Penitenciária (Seap), Raphael Montenegro, foi preso e levado para Bangu 8, presídio do Complexo de Gericinó, na Zona Oeste. Montenegro é acusado de associação ao tráfico, inclusive internacional, com mais dois ex-subsecretários. Uma escuta ambiental feita no Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná, gravou conversas do então titular da pasta com 10 chefes do tráfico da mais importante facção do Rio, negociando o retorno deles ao Rio em troca de uma trégua dentro e fora das cadeias fluminenses. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal investigam se também houve o recebimento de vantagens política e financeira nestes acordos.

Montenegro foi o segundo secretário do governo Castro a ser preso. O primeiro foi o então secretário de Educação, Pedro Fernandes, alvo da Operação Catarata, do Ministério Público do Rio (MPRJ), em setembro do ano passado. Ele é investigado por desvios em contratos de assistência social entre os anos de 2013 e 2018, quando era titular da Secretaria Estadual de Tecnologia e Desenvolvimento Social.

A crise que começou na Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) vem se refletindo em outras pastas do governo. Quando Montenegro foi preso pela Polícia Federal, Castro tratou de exonerá-lo, nomeando de imediato o delegado da Polícia Federal Victor Poubel. No entanto, uma recomendação do MPF o contraindicou para o comando da Seap, o que fez com que o governador voltasse atrás. Embora Castro negue que tenha recuado por este motivo, o fato é que ele anunciou o delegado da Polícia Civil, Fernando Veloso, para o cargo, publicando em Diário Oficial extraordinário na tarde da última sexta-feira.

Poubel foi anunciado pelo Palácio Guanabara como diretor do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase), conforme o governador havia planejado e anunciado antes da crise na Seap. Segundo a assessoria de imprensa do governo do estado, Poubel teria se recusado a assumir o comando da Administração Penitenciária optando pelo Degase. Até o fim da noite de segunda, o nome do delegado ainda não havia sido publicado no DO.

Governador troca às pressas secretário da PM por temer outro desgaste em sua administração com investigação de coronel

Fechar comentários

9 Comentários

  • MEU MALVADO FAVORITO
    Quem é que ainda não sabe que a sigla PM (POLÍCIA MILITAR) se tornou POLÍTICA MILITAR....... Até o M.P.R.J. Se tornou MINISTÁRIO POLÍTICO DO R.J. Enquanto houver políticos corruptos, que não tem interesse em administrar com seriedade dinheiro público......NUNCA IRÁ MUDAR 
  • povodesunido
    Por ser alvo de investigação (sigilosa) do MPF/STJ, acrescido ao fato de que se mostra incompetente para estar ali, esse governador também tem que ser afastado do cargo, como foi o Witzel. Esse governo é só crise sobre crise. 
  • Alexandre Romano Corretor Imobiliário
    A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro tem que ser administrada, diretamente, pelo Judiciário e não mais por Políticos, é inadmissível a Segurança Pública ser controlada por Políticos que só têm interesses financeiros próprios. 
  • Beller
    Alguém sabe informar o que é vaca de presépio??? 
  • marioluizjuniors
    Espero que 2023 RJ tenha um novo governador renova ter novo modelo PM CBM reajuste salarial pessoal força de segurança este atual desgoverno Castro e um medroso não faz nada pro do pessoal da segurança 
  • MAXIMILIEN DE ROBESPIERRE
    Temos o pior presidente, mas o conforto é anormal, já que o eleito por analfaBOÇAIS, faz escola das burrices em alguns desgovernadores, principalmente os incompetentes como é o caso deste que temos cá no RJ, não eleito, mas posto, pela familicia mais ladra que elegeram para ser o dono da cadeira principal do país. Precisamos da DEMOCRACIA, DEMOCRACIA É PT, DEMOCRACIA É LULA, é povo no poder e país pacificado. 
    • MAXIMILIEN DE ROBESPIERRE
      Leo Onan, errou feio, a quem você deveria orientar sobre tomar "remedinho", é o presidente BURRO FALANTE, já que dona MiCheque, coloca chifre nele direto, sem contar as seguidas gonorreias que ele pega, por isso, o BURRO FALANTE delira demais, enfim, LULA 2021 já é a solução, tenha certeza. A volta da competência, da honestidade e da volta a Quinta Maior Economia do Mundo. 
    • MAXIMILIEN DE ROBESPIERRE
      Alexandre Romano Corretor Imobiliário, agradeço sempre a maciça presença dos analfaBOÇAIS que mencionam sobre minhas opiniões, mas, lhe resta melhor atenção aos noticiários, porque o LULA, é o Dr. Honóris Causa Mundial, já marginal, sabemos quem é: O BURRO FALANTE, eleito por ANALFABETOS como você. Venha sempre opinar sobre minhas opiniões, é apenas um fã, buscando melhor informação, aqui sempre tem. 
    • Alexandre Romano Corretor Imobiliário
      Lula é marginal, está livre por força de ação inconstitucional praticada por manobras jurídicas dos Ministros do STF. 
    • Leo Onan
      Tá bom amiguinho, agora vai tomar o remedinho que amanhã tem psiquiatra, bem bonzinho, bem bonzinho..isso 
  • marioluizjuniors
    Desgoverno RJ Castro deveria toma vergonha nesta tua cara renovar PM CBM reajuste salario unidades PM CBM e uma vergonha UPP outra porcaria 
  • marioluizjuniors
    Desgoverno RJ Castro e inútil deveria renovar PM CBM ter novo modelo reajuste salario 100% viatura blinda ter nova unidade UPP batalhões PM CBM 
  • TOMOGRAFIA
    CADA ENXADADA UMA MINHOCA, ONDE CATUCA TEM MER-DA. Criminoso nato, criminoso louco moral, criminoso epilético, criminoso louco, criminoso passional e criminoso ocasional. Olha o semblante ?? 


Prefeitura e Câmara Municipal de Nova Iguaçu são alvos de busca em operação contra braço político da milícia

 Prefeitura de Nova Iguaçu foi alvo de operação contra a milícia

Prefeitura de Nova Iguaçu foi alvo de operação contra a milícia Foto: Cléber Júnior / Agência O Globo
Isabela Aleixo
Tamanho do textoA A A

A Polícia Civil realiza nesta terça-feira (24) uma operação contra o braço político da milícia de Austin, em Nova Iguaçu. A Delegacia de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro está nas ruas para cumprir 21 mandados de busca e apreensão nas sedes das Secretarias de Economia, Planejamento e Finanças e de Infraestrutura do município.

Além disso, a polícia realiza buscas também no gabinete do vereador Jeferson Ramos (MDB). Ex-secretário de obras, o vereador é suspeito de favorecer área de milícia com obras de calçamento em troca de apoio político. Jeferson Ramos foi preso por porte ilegal de arma em uma operação contra milícia de Austin feita pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense em 2019.

A secretária de infraestrutura do município, Cleide de Oliveira Moreira, também é alvo da operação. Eles são investigados por organização criminosa, crimes contra licitação e peculato.

De acordo com a Polícia Civil, há indícios de fraudes em licitações feitas pelo município e desvio de recursos públicos para áreas sob domínio da milícia. Um dos contratos investigados custou mais de R$17 milhões. Os policiais desconfiaram da adoção de modalidades licitatórias presenciais, apesar da recomendação do Tribunal de Contas para modalidades eletrônicas, da liquidação e pagamento das empresas suspeitas fora do cronograma financeiro e da falta de transparência no processo licitatório.

Entre os alvos estão um vereador e uma secretária do município
Entre os alvos estão um vereador e uma secretária do município Foto: Cléber Júnior/Infoglobo

Segundo o delegado titular da Delegacia de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro, Thales Nogueira Braga, a investigação começou com indícios de contratos direcionados para favorecer obras em áreas de milícia:

— A velocidade de empenho e liquidação também foi um dos fatores que chamou atenção do contrato. Ele foi praticamente pago antes do término. Com aditivo e reajuste chegou a R$ 17 milhões para uma única empresa de calçamento. Através de levantamentos, até em redes sociais e fotografias de local, a gente verificava que os locais não recebiam aquela obra apesar de ter sido paga.

O vereador Jeferson Ramos (MDB) faria a intermediação entre o núcleo político e empresarial da organização criminosa. No endereço ligado ao vereador, um sítio em Nova Iguaçu, foram apreendidos R$ 10 mil em espécie.

—- Tem esse braço administrativo dentro da prefeitura, que dá execução ao contrato. Tem o apoio político dessa organização criminosa, secretários, vereadores e chefes de empresa de desenvolvimento. E o braço de força, que são pessoas que dão apoio ao braço político nessas regiões dominadas por milícias. Eles garantem o livre acesso em troca desses contratos — explica o delegado. Treze pessoas são investigadas, e o próximo passo da operação é identificar a conduta dessas pessoas na suposta organização criminosa.

A empresa FABMIX tem mais de R$ 70 milhões em contratos com o município, a maioria com indício de falta de transparência. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em uma mansão na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, e em um endereço em Cabo Frio, ambos ligados ao empresário da FABMIX, Fabio Henrique Sousa Barboza.

— De antemão, nosso levantamento viu que R$ 63 milhões desses R$ 70 milhões não estão devidamente publicados. Já é uma falha que pode ser apontada, mas não necessariamente há irregularidade no contrato, mas na transparência — afirma o delegado.

Em nota, a Câmara Municipal afirma que "não foi intimada ou recebeu informações sobre o objeto das acusações" para as buscas nas dependências do gabinete do vereador Jeferson Ramos. A Prefeitura de Nova Iguaçu, também por meio de nota, afirma que coloca à disposição da investigação "informações e arquivos que forem necessários pra realizar um trabalho profundo e transparente" e que "ainda não tomou conhecimento das acusações, mas repudia qualquer prática fora da lei e da boa governança".

No Facebook, o vereador Jeferson Ramos se disse surpreso com a operação da Polícia Civil. Ele diz que foi acusado, investigado e inocentado pela Justiça em 2019 e que está à disposição para colaborar com informações. No entanto, o vereador não foi inocentado no processo sobre porte ilegal de arma, mas fechou um acordo de não persecução penal com o Ministério Público, e o processo foi arquivado.













































































































































































Prefeitura e Câmara Municipal de Nova Iguaçu são alvos de busca em operação contra braço político da milícia

3 Comentários

  • MAXIMILIEN DE ROBESPIERRE
    Operações contra milicianos, tem que partir realmente do endereço indicado pelo leitor Geno Cida", pois sabemos que este endereço, onde deram sumiço no porteiro que citou "seu Jair do 107", é o braço desta corja que fazem de Rio das Pedras, um modelo para desgoverno no país. Este chefe, conhecido por BURRO FALANTE, quer transferir os seus apoiadores para o Afeganistão, onde ele e filhotes tem contatos. LULA 2021 JÁ, prisão para o palhaço CANCEROSO. 
  • Luiz L0pes
    agora sei porque aquele p0vinh0 fei0 pra caramba, lá, do centr0 de n0va iguaCU, anda com carros de 300 mil. 
  • Geno Cida
    Tic-tac, tic-tac, tic-tac... Em breve, muito em breve, teremos uma operação desta num certo endereço, já famoso pelas delegacias, que fica na Av Sernambetiba, 
    • DoutorCafifa
      Atual Av. Lúcio Costa. Estarias se referindo ao QG-NACIONAL da milícia do BOZO, atual RACHADINHA? 

Comandante da Rota admite que tratamento é diferente nas periferias

O próprio comandante da Rota, que é um batalhão de choque da PM de São Paulo, afirmou que os PMs devem atuar e conversar com moradores de forma diferente dependendo do local da abordagem - em áreas nobres ou na periferia.
24 de ago. de 2017

Major e sargento da PM são presos em operação contra jogos de azar em BH

 Mandados foram cumpridos nesta quarta-feira pelo Ministério Público e pela Corregedoria da Polícia Militar


postado em 08/11/2017 17:47

Uma operação conjunta entre o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Corregedoria da Polícia Militar terminou na prisão de oito pessoas envolvidas com uma organização criminosa do ramo de jogos de azar. Entre eles está um major e um sargento da PM. As investigações apontaram que eles passavam informações sigilosas sobre ações de repressão contra o crime e, até mesmo, atuava contra grupos adversários que também trabalhavam no mesmo ramo. O grupo controlava aproximadamente 100 lojas na capital e cidades da região metropolitana. Somente em maio faturou R$ 400 mil.

 jogos de azar em BH

O crime começou a ser investigado há seis meses depois que a corregedoria da PM procurou o Gaeco para informar sobre a suspeita da participação de policiais no crime. "Receberam denúncia anônima de que um oficial superior estaria agindo em prol de uma organização criminosa do ramo de jogos de azar. Durante os trabalhos descobrimos que o grupo atua em BH e cidades da região metropolitana. Além disso, as ações apontaram para este favorecimento", contou a promotora Cássia Virgínia Teixeira Gontijo, uma das responsáveis pela apuração.

Entre junho e agosto, foram realizadas diversas ações para traçar o perfil da organização criminosa. E identificar os líderes, o local de atuação e as pessoas que trabalhavam no esquema. "Inclusive em buscas em um escritório de contabilidade da organização, em Betim, pudemos constatar que somente em maio a arrecadação foi de R$ 480 mil", contou a promotora.

Com as informações coletadas na investigação, o Gaeco montou a operação "Camaleão" desencadeada nesta quarta-feira. Foram cumpridos oito mandados de prisão e 11 mandados de busca e apreensão. Além de BH, as ações aconteceram em Betim e Igarapé. "Na casa de um dos líderes, apreendemos R$ 200 mil e com ele R$ 17 mil. Em um escritório na capital mineira, mais R$ 14mil", disse a promotora.


Participação dos PMs

Entre os presos estão dois policiais militares. Segundo as investigações do Gaeco, eles passavam informações sigilosas a organização e tentavam tirar os 'adversários' do mercado. "Eles buscavam verificar quais as pessoas que agiam e atuavam na região, e desta forma ofereciam vantagens econômicas para avisar se houvesse algum tipo de operação ou para procurar saber quem estava combatendo os jogos de azar na região, para, inclusive, cooptar essas pessoas para o ramo dos jogos de azar", concluiu a promotora.