O procurador-geral de Justiça de Mato Grosso José Antônio Borges comentou que recebeu uma “herança maldita” ao assumir o Ministério Público Estadual (MPE) neste ano. É que seu primeiro ano de gestão foi marcado, majoritariamente, pelos escândalos da Grampolândia Pantaneira.
Uma das peças-chave no esquema, o cabo PM Gerson Luiz Correia Ferreira Junior denunciou uma série de irregularidades envolvendo o Ministério Público. É que ele, antes de atuar no núcleo da Polícia Militar, trabalhou por anos no Gaeco.
“Essa é uma herança maldita que eu recebi, e acho que gerenciei ela da forma mais transparente possível”, disse Borges, na tarde dessa segunda-feira (16).
Depois das declarações de Gerson, o MPE abriu pelo menos nove procedimentos para apurar as denúncias. As investigações se juntaram a outras cinco sobre o mesmo tema e nove já foram arquivadas.
Apesar dos arquivamentos, que se deram por “falta de indícios”, Antônio Borges garantiu que não há corporativismo no MPE que atrapalhe as apurações.
“Infelizmente tivemos que denunciar um promotor de Justiça. Segundo os indícios e o que já foi coletado, ele acabou cometendo um crime, que foi o vazamento ilegal de uma informação sigilosa. Então ninguém vai passar a mão na cabeça de ninguém, e eu fiz da forma mais transparente possível”, finalizou.
De todo o esquema da Grampolândia, apenas uma ação que corre na Vara Militar teve julgamento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário