O procurador da União José Aluísio de Oliveira denunciou aos deputados da 
Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais 
(ALMG) que foi torturado por policiais civis e militares de Sete Lagoas, 
na região Central de Minas Gerais. O depoimento de Oliveira foi dado nesta
 segunda-feira (21) e motivou a aprovação de pedido de realização de 
audiência pública sobre o assunto De acordo com o procurador, na noite do 
último 12, ele teria sido abordado, preso e agredido por  
policiais militares em uma rua próxima à sua residência.
 Ele também falou que quase foi atropelado  pela viatura e ainda teria sido 
atingido por socos e pontapés, depois de ser algemado e amarrado.
 “Tentei me identificar como servidor público, mas a resposta eram agressões
 verbais e humilhações”, disse. Ele também relatou que, assim que chegou à 
delegacia, a tortura teria continuado. “O delegado e o detetive que me 
receberam voltaram a me algemar, atiraram spray de pimenta nos
 meus olhos e boca e negado colher meu depoimento". 
O procurador contou ainda que, mesmo diante da presença da sua esposa,
 que é advogada, e policiais rodoviários, o caso foi tratado de forma ilegal e 
por meio de deboche. “Fui forçado a  assinar um termo de soltura, dizendo 
que não havia sido agredido, apesar de estar com o 
olho e o queixo machucados pelos socos que levei dos militares”, afirmou.
 
Diante da denúncia, além do pedido de audiência pública, foram feitos 
requerimentos ao governador e aos secretário  de Estado de Defesa Social de 
proteção à vida do procurador e sua família e imediato afastamento dos 
servidores  que estariam envolvidos no caso. O deputado Rogério Correia (PT)
 sugeriu, ainda, que o Estado seja responsabilizado 
 pelo crime. O deputado Duarte Bechir (PSD) se absteve, por questionar a 
convocação dos policiais sem
 antes fazer o convite. (*Com informações da ALMG)