• • atualizado às 20h39
E incrimina mais 5 colegas de UPP...
Em depoimento, policial militar disse ter ouvido sessão de tortura de cerca de 40 minutos e gritos de que algo teria dado errado
O depoimento de um policial militar que trabalhava na UPP da Rocinha, no Rio de Janeiro, na noite do desaparecimento de Amarildo de Souza lançou novas pistas sobre o destino do ajudante de pedreiro. Em testemunho prestado entre a noite de domingo e a madrugada desta segunda-feira, o PM afirmou que Amarildo teria sido vítima de tortura dentro da UPP, e seu corpo levado à mata após "algo sair errado". Segundo reportagem do RJTV, da TV Globo, além dos 10 PMs já indiciados, o depoimento incriminou outros cinco policiais que atuam na UPP da Rocinha.
Na versão da testemunha, todos os PMs que trabalhavam na UPP naquela noite receberam uma ordem do tenente Luiz Felipe de Medeiros - um dos indiciados pela Polícia Civil - para que ficassem dentro de um contêiner, "e não saíssem em hipótese nenhuma". De dentro do contêiner, o policial diz ter ouvido gritos de dor, barulhos de agressões, choques e ruídos de uma pessoa sendo asfixiada. Após cerca de 40 minutos da sessão de tortura, os ruídos teriam silenciado, até que alguns policiais passaram a gritar que algo teria dado errado. Em seguida, ainda na versão da testemunha, foi possível ouvir indícios de movimentação em direção a uma mata que fica atrás do comando da UPP. Com base no depoimento do policial, a Polícia Civil realizou novas buscas nesta segunda-feira na região, na tentativa de localizar o corpo de Amarildo. O PM e sua família estão sob proteção da polícia e não tiveram a identidade revelada por motivos de segurança.
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