Dos cinco crimes denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), João foi condenado por três: abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e associação criminosa armada.Por Lívia Ferreira, g1 PI
Alexandre de Moraes — Foto: Jornal Nacional/Reprodução
O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou João Oliveira
Antunes Neto, de 20 anos, a 11 anos e seis meses de prisão, em regime fechado,
por participação nos atos golpista cometidos no dia 8 de janeiro. O jovem que
se identifica nas redes sociais como barbeiro profissional e "cristão
pregador do evangelho de Jesus Cristo" está preso desde então em Brasília.
Com esses, a Corte condenou até agora 116 executores dos ataques às sedes dos Três Poderes, quando o Congresso, STF e Palácio do Planalto foram invadidos e destruídos. Dos cinco crimes denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), João foi condenado por três.
Condenado
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito à pena de quatro anos;
- Golpe de Estado, à pena de cinco anos e seis meses;
- associação criminosa armada à pena de dois anos de reclusão.
Absolvido
- Dano qualificado;
- Deterioração do Patrimônio tombado.
O jovem, assim como os demais acusados, foi julgado de forma individual no plenário virtual do supremo. Ele foi condenado na segunda-feira (26).
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, afirmou que os
ataques configuraram o chamado crime de multidão, quando um grupo comete uma
série de crimes, sendo que um influencia a conduta do outro, num efeito manada.
Com isso, todos precisam responder pelo resultado dos crimes.
Quem é João Oliveira Antunes Neto
Piauiense João Oliveira Antunes Neto foi preso após atos terroristas em Brasília — Foto: Reprodução/Facebook
Natural de Dirceu Arcoverde, 576 ao Sul de Teresina, ele
reside atualmente no Distrito Federal, onde frequentou uma escola de barbearia
especializada em atendimentos sociais, localizada em Ceilândia, uma das regiões
administrativas do DF.
Nas redes sociais do jovem não constam postagens
relacionadas aos ataques ou mesmo de teor político. Quase todas as publicações
são de cunho profissional e religioso.
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