08/03/2013 17:35 -
Atualizado em 08/03/2013 17:35
Perseguidas na ditadura militar
Na ocasião, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça também avaliou sete processos de anistia política de mulheres perseguidas pela regime militar. A ministra citou situações de tortura enfrentadas por mulheres que lutaram contra a ditadura e que “remontam a uma história que não tem esquecimento.” E homenageou as mulheres que sofreram aborto em decorrências das torturas e as que foram presas junto com os filhos. “Ter tido filhos talvez tenha sido a maior marca de resistência de uma mulher nesse período,” comentou.
A comissão também recebeu os pedidos de anistia de Maria Aparecida Rodrigues de Viana, Cipriana da Cruz Rodrigues, trabalhadoras rurais de Minas Gerais perseguidas por sua atuação na luta por reforma agrária e de Júlio Rodrigues de Miranda, assassinado pelo mesmo motivo.
Os três eram do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Unaí (MG), e junto com mais dez famílias foram expulsos das terras que ocupavam por latifundiários apoiados pelo regime militar, no final da década de 70. “O que nós queremos mais do que tudo é o resgate da nossa dignidade e dessa luta pela terra. Queremos que as pessoas conheçam a verdade", disse Maria Aparecida, que à época presidia o sindicato.
http://www.hojeemdia.com.br/noticias/brasil/comiss-o-de-anistia-avalia-processos-de-mulheres-perseguidas-na-ditadura-militar-1.99286
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