SÃO PAULO
Polícia faz nova reconstituição da morte do publicitário Ricardo Aquino
Vítima foi morta durante perseguição policial na Zona Oeste de SP em 2012. PMs alegam que confundiram celular da vítima com arma de fogo.
Do G1 São Paulo
A Polícia Civil realizou uma nova reconstituição da morte do publicitário Ricardo Prudente de Aquino em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulox. Ele foi morto por policiais militares após uma perseguição em 2012.
A reconstituição, que durou três horas, teve início na noite desta quinta (29) e terminou na madrugada desta sexta (30).
Os peritos fotografaram toda a ação para tentar desvendar a morte do publicitário. Na ocasião, os PMs alegaram que atiraram na vítima ao confundir o celular que ela usava com uma arma. Câmeras de segurança gravaram parte da ação. Foram realizadas duas reconstituições do crime, uma pedida pela Promotoria e outra pela defesa dos policiais para o julgamento que vai acontecer dia 25 de outubro.
Ricardo foi morto a tiros por policiais quando voltava para casa. Ele saiu de Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo, na casa de um amigo. No caminho ele cruzou com policiais que suspeitaram da velocidade do carro e iniciaram a perseguição.
Câmeras de segurança mostra o carro do publicitário sendo perseguido por um carro e duas motos da PM. A vítima foi cercada na Avenida das Corujas. Não é possível ver exatamente o que ocorreu por causa do farol, mas é possível ver o carro do publicitário dando ré. Na ocasião do crime, os vizinhos relataram terem ouvido barulho de tiros nesse momento.
O carro da vítima foi atingido por sete tiros. Ele foi baleado na cabeça, chegou a ser socorrido, mas morreu no caminho do hospital.
O cabo Adriano Costa da Silva e os soldados Robson Tadeu do Nascimento Paulino e Luís Gustavo Teixeira Garcia foram presos por assassinato e, depois, expulsos da Polícia Militar. Os três estavam na cena do crime durante a reconstituição.
Acusação
Segundo a denúncia, Ricardo foi morto porque não obedeceu à ordem dos policiais para parar em uma abordagem próxima a Avenida das Corujas, no Alto de Pinheiros, na noite de 18 de julho de 2012.
Segundo o Ministério Público disse à época à reportagem, ficou comprovado que o tiro que matou Ricardo foi disparado pelo então soldado Robson. Apesar disso, o cabo Adriano e o soldado Luís Gustavo também são acusados de participação no assassinato.
Ainda de acordo com o promotor, os três acusados "plantaram" maconha no carro do empresário e recolheram as cápsulas das armas que usaram para atirar no veículo - que se configuram fraudes processuais, segundo ele.
De acordo com a Promotoria, os cerca de 50 gramas de maconha apreendidos por peritos no veículo de Ricardo foram colocados pelos PMs para tentar incriminá-lo e justificar a abordagem.
Segundo a denúncia, Ricardo foi morto porque não obedeceu à ordem dos policiais para parar em uma abordagem próxima a Avenida das Corujas, no Alto de Pinheiros, na noite de 18 de julho de 2012.
Segundo o Ministério Público disse à época à reportagem, ficou comprovado que o tiro que matou Ricardo foi disparado pelo então soldado Robson. Apesar disso, o cabo Adriano e o soldado Luís Gustavo também são acusados de participação no assassinato.
Ainda de acordo com o promotor, os três acusados "plantaram" maconha no carro do empresário e recolheram as cápsulas das armas que usaram para atirar no veículo - que se configuram fraudes processuais, segundo ele.
De acordo com a Promotoria, os cerca de 50 gramas de maconha apreendidos por peritos no veículo de Ricardo foram colocados pelos PMs para tentar incriminá-lo e justificar a abordagem.
No dia 15 de outubro de 2013, a Polícia Militar (PM) publicou no Diário Oficial do estado de São Paulo aexpulsão dos três policiais acusados de matar Ricardo.
Por determinação do Comando Geral da PM, o cabo Adriano e os soldados Robson e Luís Gustavo foram expulsos "pelo cometimento de atos atentatórios à instituição e ao estado, aos direitos humanos fundamentais e desonrosos, consubstanciando transgressão disciplinar de natureza grave”, de acordo com o “regulamento Disciplinar da Polícia Militar”.
Defesa
Procurado pelo G1 para comentar a marcação do julgamento de seus clientes, o advogado Aryldo de Oliveira de Paula declarou que os três ex-PMs são inocentes e têm de ser absolvidos.
“Eles confundiram o celular do empresário com uma arma e, por isso, atiraram”, disse o advogado. “O motorista não quis obedecer à ordem de parar dada pelos PMs numa barreira policial, adotando um comportamento suspeito de ser criminoso”.
Por determinação do Comando Geral da PM, o cabo Adriano e os soldados Robson e Luís Gustavo foram expulsos "pelo cometimento de atos atentatórios à instituição e ao estado, aos direitos humanos fundamentais e desonrosos, consubstanciando transgressão disciplinar de natureza grave”, de acordo com o “regulamento Disciplinar da Polícia Militar”.
Defesa
Procurado pelo G1 para comentar a marcação do julgamento de seus clientes, o advogado Aryldo de Oliveira de Paula declarou que os três ex-PMs são inocentes e têm de ser absolvidos.
“Eles confundiram o celular do empresário com uma arma e, por isso, atiraram”, disse o advogado. “O motorista não quis obedecer à ordem de parar dada pelos PMs numa barreira policial, adotando um comportamento suspeito de ser criminoso”.
O cabo e os dois soldados chegaram a ser presos em 2012 e foram indiciados pela Polícia Civil por homicídio, mas depois foram colocados em liberdade por decisão judicial.
Naquele mesmo ano em entrevista ao G1, os então policiais se defenderam das acusações da Promotoria, negando ter forjado provas. Além disso, disseram que só atiraram em Ricardo porque ele não obedeceu a uma ordem de parada e ainda fez menção de que estaria armado. Os PMs alegaram ter confundido o celular na mão da vítima com um revólver.
Segundo boletim de ocorrência registrado no 14º Distrito Policial (DP), em Pinheiros, ele dirigia seu Fiesta em alta velocidade e passou a ser perseguido pelos policiais militares. Outros carros e motos da PM fizeram o reforço.
Ao chegar à Avenida das Corujas, o Fiesta foi fechado por uma viatura da polícia. Sem que o motorista reagisse, os PMs atiraram. O empresário foi atingido na cabeça, chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário