Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

SP: irmã de publicitário assassinado por PMs desmente polícia

19 jul 2012 17h10 - atualizado às 20h46
   
Renan Truffi
Direto de São Paulo
A irmã de Ricardo Prudente de Aquino, morto por policiais militares na quarta-feira depois de fugir de uma abordagem na zona oeste de São Paulo, desmentiu nesta quinta-feira o argumento usado pelos PMs que mataram o publicitário. Após perseguição de 10 minutos, os três policiais envolvidos disseram que dispararam contra o Ford Fiesta da vítima porque confundiram o celular dele com uma arma. De acordo com Fernanda Aquino, 36 anos, o aparelho de telefone do irmão estava sem bateria.
O carro do publicitário de 39 anos ficou com as marcas dos tiros disparados pela PM"Acho muito estranha esta história, porque, antes de sair da casa de um amigo, ele ligou para avisar que a bateria do celular dele tinha acabado", afirmou, antes de negar também que ele carregasse maconha no carro. Os dois cabos e um soldado disseram ter encontrado 50 g da droga no veículo após revista.
Acompanhada da tia, Claudia Sacramento, 44 anos, Fernanda foi ao 14º DP, em Pinheiros, onde o inquérito foi instaurado, para fazer um boletim de ocorrência. Elas dizem que a família não recebeu até agora a carteira da vítima, que estava no carro quando ele foi morto. "A única coisa que entregaram foi o RG (documento de identidade) e o iPad", disse.
Fernanda também confirmou que um tenente da PM, que ela chamou de Gilberto Evangelista, foi pessoalmente à casa do publicitário para pedir desculpas aos familiares. Os três policiais foram presos em flagrante por homicídio doloso, quando há intenção de matar.
Perseguição 
A ocorrência começou depois que uma viatura, que multava um veículo na praça Pôr do Sol, avistou o Ford Fiesta trafegando em alta velocidade. Estes policiais alertaram o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), que acionou outras viaturas. O veículo foi perseguido por cerca de 10 minutos e só parou depois que os três policiais militares acusados fecharam, com a viatura da Força Tática, a passagem do carro da vítima na avenida das Corujas. Por causa da fechada, os veículos chegaram a colidir.
Em seguida, os PMs fizeram cerca de sete ou oito disparos contra o carro, segundo o delegado, sendo que dois acertaram o lado esquerda da cabeça do publicitário. Aquino chegou a ser socorrido para o Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos. Os policiais foram encaminhados ao Presídio da Polícia Militar Romão Gomes.
"Falha" 
O delegado seccional Dejair Rodrigues afirmou que houve "falha" dos PMs no procedimento de autuação no caso. Além disso, de acordo com ele, os policiais atiraram contra o publicitário a cerca de 30 cm da porta do veículo."O Dr. Pedro Ivo (delegado que foi ao local da ocorrência) concluiu que a ação não era legítima e, diante disso, os três foram autuados em flagrante. ...Foi uma ação precipitada. (Eles) não seguiram os protocolos de autuação."
Em nota, a Polícia Militar lamentou a ocorrência. "Ressalta-se que os policiais militares do Estado de São Paulo são submetidos a treinamentos constantes quanto aos procedimentos operacionais padrão e que tal atitude será apurada com rigor, pois dão indícios de falhas de procedimento inaceitáveis. Dessa forma, a Polícia Militar pede desculpas à família, à sociedade e esclarece que, após as apurações, os envolvidos pagarão pelos seus erros na medida de suas atitudes."

Ter

Nenhum comentário:

Postar um comentário