‘Não teve resistência, teve indignação’, diz mulher agredida por PM em ato na Paulista

 02 Jun 2016 | Atualizado 02 Jun 2016

Agredida por um policial militar enquanto participava de atos na Avenida Paulista, Erika Fontana Sampaio, de 29 anos, foi categórica: “Resistência com a polícia não teve. Não tem como resistir com dois caras te segurando o pescoço. Teve, sim, é indignação”, disse ao portal de notícias G1.
A Avenida Paulista foi, nesta quarta-feira (1º), palco de pelo menos dois protestos: um contra o governo interino e outro a favor dos direitos das mulheres. De acordo com a Estadão Conteúdo, cerca de 5.000 pessoas se reuniram no local, portando cartazes contra o machismo e a violência sexual. A PM não quis estimar o público que esteve no local.
Segundo o UOL, pelo menos seis pessoas foram detidas durante a ocupação do prédio da Secretaria da Presidência da República, que também fica na avenida Paulista. Esse protesto foi organizado pelo MTST, contra a suspensão de 11,5 mil contratações de moradias do Minha Casa Minha Vida.
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“Vamos permanecer no prédio por tempo indeterminado e já estamos montando acampamento aqui na Paulista, em frente a Presidência”, declarou Guilherme Boulos, coordenador do MTST. “Vamos ficar até que o governo do seu Michel Temer retome as contratações do Programa Minha Casa Minha Vida e retome a seleção de onze mil moradias canceladas na primeira semana de sua gestão pelo Ministério das Cidades.”
pallista
Como se vê na imagem, ao ser detida, a mulher também foi agredida, e imobilizada através de um “mata leão”. Em seu relato ao portal da Globo, ela conta que estava participando da marcha pelos direitos da mulheres, quando soube das detenções, ligadas ao protesto do MTST, e resolveu ir ao local para onde os presos estavam sendo levados.
Em nota, a SSP afirmou que a atitude truculenta da PM foi “necessária para impedir a ação [de invasão do prédio]”.