MOVIMENTO PAZ E JUSTIÇA IVES OTANo dia 29 de Agosto de 1997, Ives Yoshiaki Ota, oito anos, foi seqüestrado por três homens em sua própria casa, na Vila Carrão, Zona Leste de São Paulo. Neste dia ele brincava na sala, com seu primo, sob os cuidados da babá; na madrugada do dia 30 de Agosto, já estava morto com dois tiros no rosto porque reconheceu um de seus seqüestradores. Os seqüestradores faziam a segurança nas lojas de seu pai, sendo que dois deles eram Policiais Militares.Fundou-se, então, em Setembro de 1997, o Movimento da Paz e Justiça Ives Ota, uma ONG sem sectarismo religioso cujo objetivo é estender-se a todos os interessados numa sociedade pacífica, onde cada um se conscientize de que: somente através do perdão a verdadeira paz se instala em sua vida. O Sr. Masataka Ota pai de Ives em entrevista à Revista Veja de 5 de Setembro de 2001 afirmou: “Acho que perdoar não é dizer: Soltem os assassinos de meu filho. Perdoar é tirar o ódio de dentro de você. Então, perdão é uma coisa e justiça é outra. A justiça tem de ser cumprida.” Hoje o Instituto Ives Ota, inspirado nos princípios fundamentais preconizados pelo menino Ives Ota, promover o respeito, defende a vida humana e tem por finalidade: 1. Amparar, assistir e orientar, crianças, jovens e famílias vítimas da violência e carência social, necessitados e desprotegidos, sem distinção de raça, cor, credo, sexo, nacionalidade ou condição social. 2. Ser uma via de acesso, para todos aqueles que necessitem de orientação pessoal e ajuda para o seu desenvolvimento mental e comportamental, objetivando mostrar direções, alternativas para o progresso de sua vida pessoal, familiar, profissional, social e espiritual. 3. Promover ampla assistência psicológica e educacional, com foco nos cinco desejos básicos da criança, que são: ser amado, ser útil, ser elogiado, ser reconhecido e ser livre, para que ela construa uma auto-estima elevada e possa, pouco a pouco se tornar independente e um jovem que produz colabora e ama o seu País. Após o seqüestro e assassinato do garoto Ives, o Sr. Masataka Ota, pai de Ives Ota, começou uma caminhada pelo Brasil, a fim de coletar assinaturas para aprovação da lei pela prisão perpétua agrícola, conseguindo mais de 2 milhões de assinaturas que foram entregues ao Congresso Nacional no dia 13 de Maio de 1999, o Movimento teve impacto nacional na conscientização das pessoas em busca pela Paz. Em Dezembro do ano 2000, graças a todos que assinaram as listas para implantar a prisão agrícola, o Tenente Coronel Comandante do presídio militar Romão Gomes, iniciou o trabalho da prisão agrícola, acreditando que o homem com a mente desocupada não recupera e em contato com a natureza eles podem encontrar a sua verdadeira luz que é Divina. “Se cada um fazer a sua parte podemos contribuir para a diminuição da violência.” Hoje, a família Ota tem como objetivo filantrópico através do Movimento Paz e Justiça Ives Ota, contribuir com os menos favorecidos materialmente e espiritualmente e dar apoio às famílias vitimas da violência. Esta entidade vem realizando uma série de ações sociais como palestras semanais na sua Sede, abordando temas como: família, drogas, violência, como buscar a Paz interior e exterior através do sentimento de perdão, organiza atividades em escolas públicas, orientando os alunos com assuntos sobre relacionamento com os Pais e como encarar a vida profissional, prostituição e aborto, e ainda participa de eventos regionais que promovem a Paz, além de atividades ligadas ao esporte e a reeducação das pessoas e reestruturação das famílias. A família Ota nunca imaginou que a violência iria os atingir, achavam que só aconteceria nas outras famílias. Hoje o problema do vizinho é nosso também. A missão deste movimento é valorizar a vida através do Amor da Justiça e da Paz, tendo como objetivos a reeducação e valorização do ser humano e conscientização da estrutura familiar e da importância do respeito ao próximo, criando assim uma sociedade mais harmoniosa. No dia 10 de Outubro de 1999, foi inaugurada a Praça Ives Ota, localizada entre as ruas Dentista Barreto e Julio Colaço - Vila Carrão, Zona Les |
A Polícia Militar do Rio prendeu administrativamente dois policiais suspeitos de terem sequestrado e extorquido o lutador neozelandês de jiu-jitsu Jason Lee.
O atleta, que vive há dez meses no Rio, voltava, na noite do último sábado (23), de uma competição em Resende, norte do Estado, quando teria sido abordado por dois policiais militares na Linha Vermelha, zona norte da cidade.
Os agentes, integrantes do BPVE (Batalhão de Policiamento de Vias Expressas), teriam obrigado o atleta a entrar em um carro descaracterizado, dirigido até um caixa eletrônico e exigido que ele fizesse saques em dinheiro.
No próprio sábado, o atleta postou um relato sobre o ocorrido nas redes sociais.
"Ontem fui sequestrado no Brasil. Não por pessoas aleatórias com armas de fogo, mas por policiais de serviço usando fardas. Eu fui ameaçado de prisão se não entrasse em seu carro e os acompanhasse até um caixa eletrônico para retirar uma grande soma de dinheiro para suborno".
"Não sei o que é mais deprimente, esse tipo de coisa acontecer a um estrangeiro tão perto dos Jogos Olímpicos ou o fato dos brasileiros terem de viver em uma sociedade que permite esse tipo de cagada diariamente", escreveu o atleta.
Jay Lee, como é conhecido, registrou o ocorrido na Delegacia do Turista, da Polícia Civil. Instada a apurar o caso, a corregedoria da PM identificou os policiais militares suspeitos do crime.
Segundo o chefe da assessoria de imprensa da PM, coronel Oderlei Santos, os agentes foram presos administrativamente por 72 horas. O porta-voz classificou o episódio como "lamentável" e afirmou que a atitude dos policiais "entristece os 50 mil policiais militares honestos que patrulham o Rio".
Um inquérito policial militar foi aberto e um pedido de prisão preventiva foi solicitado à Justiça Militar. Caso fique comprovado que os detidos foram os que cometeram o crime, eles podem ser exonerados.