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sábado, 11 de junho de 2016

PMs envolvidos em morte de garoto de 10 anos depõem sobre o caso


Amigo da vítima que estava no carro na ocorrência afirmou que não houve resistência como relatada pela polícia

Estadão Conteúdo |    
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Local onde garoto de 10 anos foi morto em confronto com policiais militares, na Vila Andrade
Foto: Rafael Arbex/Estadão Conteúdo - 3.6.16
Local onde garoto de 10 anos foi morto em confronto com policiais militares, na Vila Andrade
Policiais militares envolvidos na ocorrência que terminou na morte de um menino de 10 anos, na quinta-feira da semana passada voltaram a prestar depoimento nesta sexta-feira (10) na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O garoto, que havia furtado um carro, morreu com um tiro na cabeça durante a perseguição.
Israel Renan Ribeiro da Silva, Otávio de Marqui, Jorge Luiz Tinarelli e Luiz Carlos Aparecido Sampaio chegaram ao prédio da Polícia Civil, no centro de São Paulo, à paisana, às 10h30 e, até as 20h30, continuavam no local. O ouvidor das polícias, Júlio César Fernandes Neves, tentou acompanhar as oitivas, mas teve o pedido negado pela diretora do DHPP, a delegada Elisabete Sato.
Um menino de 11 anos, amigo da vítima, e que estava no carro no momento da ocorrência, disse, em um terceiro depoimento, que não houve resistência como a relatada pela polícia, com tiros após a abordagem. Os investigadores querem entender quais foram as circunstâncias do fim da perseguição e se havia necessidade para o disparo que matou o garoto.
Nesta sexta-feira (10), o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, criticou o que chamou de “especulações” sobre a morte do garoto. “Tem muita gente falando além do que pode falar”, disse.
As declarações foram feitas durante entrevista em Santos, no litoral sul, após o secretário presidir uma reunião do Gabinete Metropolitano de Gestão Estratégica de Segurança Pública (Gamesp) da Baixada Santista.
Segundo Barbosa Filho, as investigações ainda não foram concluídas, mas “estão caminhando”. “Não existe, por exemplo, um laudo atestando a impossibilidade do disparo de arma de fogo de dentro para fora do carro. Assim como não houve nenhuma deturpação da cena do crime”, disse.
“O DHPP jamais afirmou que a cena foi revirada. Alguém disse isso e essa informação virou notícia”, comentou. “Tanto a chegada do Samu como a retirada do menino de dentro do veículo e a vistoria para procurar outra possível arma no automóvel fazem parte do trabalho de apuração. A cena não foi revirada”, reforçou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
         
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