Clima de dor pesa sobre as famílias das 10 vítimas de crimes na capital.
Onda de assassinatos começou após morte de PM na última terça-feira, 4.
Do G1 PA
Os familiares das pessoas assassinadas após a morte de um policial militar em Belém, na noite da última terça-feira (4), sepultaram alguns dos corpos das 10 vítimas já na manhã desta quinta-feira (6) em cemitérios da Grande Belém. A polícia investiga se há relação entre as mortes e afirma que pelo menos seis delas têm as mesmas características de execução.
O cabo da Polícia Militar Antônio Figueiredo, de 43 anos, foi sepultado em um cemitério de particular de Marituba, na região metropolitana de Belém, no final da manhã desta quinta. A cerimônia fúnebre contou com a presença de oficiais e diversos colegas de corporação que foram ao local prestar solidariedade à família.
Entre os familiares de Jefferson Cabral dos Reis, de 27 anos, morto no bairro do Jurunas, o clima de comoção também foi grande. Familiares e vizinhos foram dar o último adeus ao jovem em cemitério particular de Ananindeua, na Grande Belém. Segundo a família, Reis foi abordado e alvejado por homens encapuzados na rua onde morava, quando havia saído para levar a companheira na casa da mãe dela.
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O corpo de Jean Oscar Ferro dos Santos, de 33 anos, também foi sepultado durante a manhã em um cemitério particular de Ananindeua.
Na casa de Eduardo Galúcio Chaves, no bairro da Terra Firme, a família segue velando o corpo do adolescente de apenas 16 anos. O sepultamento será feito às 16h, em um cemitério de Marituba.
"Queremos esclarecer que, ao contrário do que está sendo dito, meu sobrinho não era bandido. Ele trabalhava, ajudava a mãe dele e estudava, tanto que todas as professoras dele vieram aqui conosco nos dar apoio. E é o único apoio que temos, ninguém das autoridades veio nos dar uma satisfação, nada, nós não queremos que, como ele, a morte das outras pessoas fique impune", disse Walter Rego, tio-avô do adolescente.
Alex dos Santos Viana, de 20 anos, foi outra vítima. De acordo com a família, ele tinha acabado de sair de casa quando foi morto, no bairro Sideral, em Belém. O corpo seguirá para o sepultamento às 14h, em um cemitério da Cidade Nova, em Ananindeua.
“A família está toda abalada. A vida dele foi tirada inocentemente por covardia”, disse Marcele Viana, irmã da vítima.
Entenda o caso
Nove pessoas foram assassinadas na noite de terça-feira (4) em seis bairros de Belém, após o cabo da Polícia Militar Antônio Marcos da Silva Figueiredo, 43, ser assassinado a tiros perto da rua onde morava, no bairro do Guamá.
Nove pessoas foram assassinadas na noite de terça-feira (4) em seis bairros de Belém, após o cabo da Polícia Militar Antônio Marcos da Silva Figueiredo, 43, ser assassinado a tiros perto da rua onde morava, no bairro do Guamá.
Os corpos das pessoas que morreram durante a madrugada de quarta (5), em Belém, foramliberados pelo Instituto Médico Legal após reconhecimento de familiares. Uma das vítimas foi Eduardo Galucio Chaves, 16 anos.
A namorada do adolescente, Leonice Viana, disse que estava com o rapaz quando ele foi assassinado. "A gente foi na casa da avó dele, e fomos abordados por várias pessoas encapuzadas. Mandaram eu soltar a mão dele e ir embora. Eu comecei a agarrar ele e me puxaram pelo braço. Foi na hora que aconteceu, que mataram ele", desabafa.G1 -
O bombeiro Valmir Fonseca também reconheceu o corpo do filho adotivo Alex dos Santos Viana, que foi assassinado no bairro do Sideral. "Me espantei com o disparo. Foram pra mais de 30 tiros. Os meliantes que fizeram isso passaram de moto", disse.
Os casos estão sendo investigados pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil para verificar a relação entre eles. Pelo menos seis mortes têm características de
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