Num destes locais na net me deparei com algo curioso que me deixou... em alerta no minimo.
O abuso de uma posição "privilegiada de poder e força". certo que é um pequeno poder, mas suficiente para complicar muito o cidadão comum. Inclusive o sobrevivencialista.
O que fazer quando a policia que deveria nos proteger, coage e ameaça como forma de garrote e controle, impondo censura armada em beneficio próprio do cidadão que usa a farda?
Esta é a antítese do cão pastor, o momento onde ele se iguala ao lobo e confronta as ovelhas, pois também come carne e tem dentes afiados.
A posição do civil nesta fábula é individual na minha opinião, cada um escolhe que bicho vai ser nesta histórinha.
O governo adoraria lidar só com ovelhas, mas nas massas nascem alguns cães defensores e muitos lobos que acabam superlotando presídios em algum momento da vida ou nas valas de desova.
O que acontece quando um lobo espertinho consegue a farda de um cão pastor? Veja, não estou preso no clássico "lobo em pele de cordeiro" fui além...
Sou de uma geração onde o orgulho a farda ainda existia, e os homens eram mais homens, outros "fardados" nunca tolerariam existir no mesmo espaço onde um "colega" coage aqueles que por dever e juramento devia proteger.
O mais incrivel a mim, é ver este discurso abertamente sendo publicado, e todo o rebanho do lado achar isso normal e bonitinho, engraçado.
Ver homens sendo coagidos pela posição de pequeno poder, e ainda achando isso normal, me faz lembrar de algo: "Pau que dá em chico dá em Francisco"... Hoje ele é seu amigo, mas amanhã, se vc criticar ou "ponderar" ele te busca em casa.... Note, nenhum crime foi cometido, foi só a discordancia sobre uma tecnica esportiva! Usar a maquina do estado, a farda e o porte de arma em beneficio próprio é no minimo ponderável para um militar que nos serve.
Acontece que o paradoxo da vida é algo que me fascina.
Existem cães pastores, legitimos com pedigree que usam a pele inocente de um cordeiro também, muitos sobrevivencialistas são assim, se esforçam para fazer tudo certo, na lei, mas tem dentes afiados e se for apaixonado por guerra, tem mais treinamento que muitos agentes da lei com suas fardas militares.
Ainda tem babaca que reclama da LEI BRASILEIRA?
Você pode ter o conhecimento que quiser, a arma que quiser e ser muito qualificado como cão pastor sem usar uma farda, ou, usando uma farda civil.
ladrãozinho, drogado, noiado, bandidinho de merda, mesmo com uma G-28 na mão não é páreo para um cão pastor, ele pode dar sorte, usar de trairagem ou oportunidade, se ele fosse treinado, enfrentaria, hoje corre metendo tiro sobre o ombro como um rato grunhindo.
Chegamos ao ponto.
Cidadão decente não é bandidinho de rua. Se gosta de "guerra" e entra em uma, tem de ser muito "profissional" para lidar com ele, porque conhecimento é poder. Cão pastor é cão pastor.
Segue uma pequena história recheada do meu talento de escritor amador e uns links bacanas de cursos acessíveis para ovelhas, OPSss! Digo... acessiveis para civis :
O caso do "Tio Rato"
Tio Rato apelido de (Utihata ou algo assim) é um coroa japonês comum, o passatempo dele era dar tiro.O cara até competia mas nunca ganhava porra nenhuma, parecia o rubinho barrichelo.
Numa destas competições, ficou ele e o novo sargento da cidade na final por pontos e o sargento ganhou haha, eles atiravam em pratos com a 12! O premio era uma mixaria que num valia a munição do participante, todo mundo sacaneou o japonês, mas o sargento passou do limite, a amizade acabou ali.
Tio rato era armeiro dos bons, e numa manhã o sargento pintou lá com o ferrolho da 380 emperrando, fuçou na oficina e brincou que "se baixa uma fiscalização aqui ce tá ferrado japa", pois á tarde do mesmo dia o EB chegou lá. Não deu em nada porque o Tio Rato era homem correto, Cr em ordem, licenças, cofre.enfim, tudo, mas a rinha ficou mais tensa entre ele e o sargento, que se dizia inocente da denuncia.
Numa quermesse, Tio Rato chegou com a familia e novamente viu a .380 do sargento, desta vez na fuça, o Sgt. sacou a arma e empurrou o cidadão no muro, revistou com arrogancia o cara na frente da esposa e filhos, e não poupou justificativas já que sabia que o japa gostava de armas. A cidade toda viu a cena humilhante de um pai de familia com a cara no muro feito bandido, ninguém sorriu.
A quermesse continuou e o Japones não tirava os olhos do rival, a familia lambiscou umas goloseimas e sairam da festa, o japa encarava o sargento e vice versa.
A retaliação do orgulho oriental veio na outra semana, único armeiro em 100Km, ele se recusou a pegar serviços dos Pms da cidade, seja particular ou no clube de tiro, e estendeu o embargo pra prestação de serviço que ele fazia pro Estado como um todo. Ele vivia do seu sitio de limão de das armas de civis e do tiro de guerra que consertava. O Japa meteu no rabo deles todos, que tinham de viajar por qquer detalhe e usar armeiros ruins de Ribeirão Preto, verdadeiros açougueiros de armas sem talento.
O delegado foi intervir, obvio, pois até os coitados dos bombeiros que tinham armas estavam na vingança do japa. Mas foi na mesa do boteco que a merda se deu, bar de atirador alguém comentou que o sargento tava tendo de usar um "cano frio porque a arma dele tava ferrada" e ele não gostava do 38. O japonês denunciou, o sargento QUASE se ferrou e se livrou do B.O. dizendo ter acabado de pegar a arma de um meliante que se evadiu e dispensou no mato...
O sargento falou demais e para as pessoas erradas, ameaçou a vida do fudido do Japa na frente de amigos dele.
Meses se passaram e o Tio Rato voltou a atender os PMs, ele não dividia espaço no clube com o sargento, e quando ele chegava o japonês saia... uma bela tarde o Sgto resolveu seguir o japa e o entreveiro se deu na porteira do sitio. Tio Rato já tinha entrado mas estava com a porteira aberta quando a viatura colou na sua trazeira e o Sgt. inimigo quis ver as GT das armas.
Mesmo dentro da propriedade, o Sgto solicitou que o Japa saisse do carro e se afastasse, mas na hora que sacou a 380, o japonês foi mais frio e rápido e fez 2 disparos certeiros e letais, o soldado no carro se viu sob fogo da glock, e o japonês não poupou munição, e já tava no 2º carregador quando o PM começou a reagir, tamanho o susto.
Bala pra todo lado!
Ambos no aberto, acabaram se afastando pra usar a cobertura dos carros, o japones mesmo não sendo campeão nunca, atirava feito um demonio, era instruido e frio, conseguiu se deslocar em um ponto do chão de terra do sitio e deixou os PMs lá na porteira. A captiva do Tio e a viatura da PMs pareciam um queijo suiço.
O tempo de chegada do apoio foi crucial para o Tio Rato, outras viaturas chegaram, policiais amigos, desconhecidos e muita gente berrando pro Japonês sair e resolver logo aquilo, ele por sua parte dizia que ia matar quem entrasse. A casa foi mais ou menos cercada, pois nenhum PM tava muito afim de chegar muito perto. Demorou UMA HORA E MEIA pro COE chegar na cidade e ir pro sitio, neste ponto até uma viatura da PF estava por lá, vinda de uma cidade vizinha. TV, imprensa, um verdadeiro circo.
O COE sim tem culhões para cercar a casa, e estavam no meio da progressão quando notaram que o Japa, estava calmamente caminhando pelas vielas dos limoeiros a uns 180 metros, entrando em um galpão de trator. Só aquela virada de cabeça básica da equipe deu pra olhar, já fez o japa colocar alguém na mira da luneta Leopold e do rifle de caça 7,62.
Profissional conhece profissional, seja civil ou militar. Tio Rato usou a cartilha, mostrou o rifle e sumiu na sombra. Ele ia matar mais alguém e a situação era de altissimo risco até para o COE, não era um bandidinho desesperado, era um atirador experiente, porra, NUNCA que um bandidinho de rua, frente a frente com um comando especial da policia vai ter a frieza de dar click na luneta pra ajustar a distancia. O oficial muito mais qualificado e experiente que um PM comum nestes quesitos, Notou isso e entendeu bem o cenario. Resolveu negociar, afinal um rifle de precisão 7,62 nas mão certas é bem... desmotivador.
Fora isso os agrupamentos que o japa fez no tiroteio, o vectra furado como testemunha, deixou um gostinho estranho na boca do outro soldado da viatura. E mais tarde ele admitiu que o Japa deu "brechas" propositais pra ele e controlou o tiroteio.
Soldado nenhum quer morrer cara.
Foi o negociador que resolveu a crise e desentocou o japa do galpão depois de 6 horas de tensão e muitas garantias, já que os animos estavam em alta.
Tio Rato se mudou de cidade, o filho, ótimo advogado e bem criado fez uma defesa brilhante e ele mão ficou preso por muito tempo. O estado perdeu o foro e não sei como terminou o caso. Dizem que o japa ainda conserta armas no sul do país, mas trocou a plantação de limão por gado de corte. Soubemos depois que ele trbalhou por anos como segurança VIP de magnatas japoneses no Brasil e mesmo não sendo campeão de tiro ou militar tinha um treinamento impressionante em vários aspectos.
O Sargento que não era casado e não tinha filhos, está enterrado num tumulo triste no cemitério da cidade, recentemente marginais roubaram os vazos de bronze, e alguém disse que ia investigar, mas até hoje o militar está sem flores.
O soldado que estava com o sargento na viatura hoje ocupa um posto administrativo aqui na cidade, todos os sabados de folga vai ao clube e descarrega várias vezes sua pistola, infelizmente é outro Rubinho Barrichelo e nunca ganhou nenhum dos torneios internos.
*Esta postagem é uma ficção, qualquer semelhança com fatos, nomes, histórias pessoais é mera coincidencia e não condiz com a realidade de nosso país de forma alguma. Se algum leitor se sentir lesado, ofendido ou se indentificar com qualquer parte desta postagem fictícia envie -me um email ou poste nos comentários que eu edito o texto, embora não tenha esta obrigação.
Podemos definir lobos, cães pastores e ovelhas em algum ponto desta história?
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