Policial mata pai de família em sala de cinema após discussão sobre poltrona. Vítima foi assassinada na frente da filha de 16 anos. Menina está abalada e medicada. Muitas crianças presenciaram o crime e entraram em desespero.
O que deveria ser uma programação de lazer em família acabou em tragédia quando o policial militar Dijavan Batista dos Santos sacou sua pistola .40 e atirou no pescoço de Julio Cesar Cerveira Filho.
O crime aconteceu dentro de uma sala de cinema em Dourados (MS) na tarde desta segunda-feira (8). Vítima e agressor não se conheciam, de acordo com apurações da Polícia Civil.
Tudo começou por causa de uma discussão sobre poltronas. Em depoimento, o PM relatou que a vítima estava abrindo muito os braços e as pernas. Eles bateram boca, se levantaram e entraram em luta corporal.
Segundo testemunhas, durante a luta o PM pegou sua arma de fogo e disparou contra a vítima. Júlio Cesar foi morto na frente da filha de 16 anos.
O policial também estava acompanhado dos filhos, um menino de 10 e outro de 14 anos. De acordo com a versão do PM, a vítima teria esbarrado em um de seus filhos.
Em choque
A esposa de Julio, que prefere não ser identificada, disse que ela e a filha estão em casa muito abaladas e medicadas, e não tiveram condições emocionais de prestar depoimento à polícia.
A esposa relatou que estava em casa no momento do crime e que o marido havia lhe mandado uma mensagem dizendo que a sala de cinema estava cheia e que houve uma confusão com as poltronas que ele e a filha ocupariam.
A mulher chegou a pedir que o esposo voltasse para casa. Após o crime, a filha do casal foi amparada por amigos que estavam no shopping.
Em nota, o tenente coronel da PM Carlos Silva afirmou que o PM ligou para a polícia comunicando o crime. “Ele ligou para o 193 e 190 após o fato informando que seria o autor, aguardou a equipe no local e se apresentou.”,
O tenente informou que serão instaurados dois inquéritos, um pela Polícia Civil e outro pela Policial Militar. Dijavan foi preso em flagrante. Ainda não há informações sobre a defesa do policial.
Desespero
Várias crianças presenciaram o crime na sala de cinema, que exibia Homem-Aranha: Longe de Casa. “Eu não escutei nada, só vi as crianças correndo, uma delas gritou ‘foi tiro na sala 1’ e de repente todo mundo saiu da sala, o pessoal desesperado, aí começou a vir segurança”, disse um funcionário do cinema.
Depois do crime, o shopping foi fechado e o dinheiro da sessão devolvido
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