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quarta-feira, 19 de maio de 2010
Polícia do Rio é a que mais mata no mundo...
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Polícia do Rio é a que mais mata no mundo já desde 2003
No domingo, o taxista Paulo Roberto Amaral, pai de João, o menino de 3 anos metralhado no Rio por dois PMs, fez um comovente desabafo e questionamento: “Que polícia é esta?”
Esta polícia, a do Rio de Janeiro, é a que mais mata do mundo, informa hoje o Estadão. E não se trata de um fato recente: o aparelho policial fluminense está nesse macabro pódio desde 2003.
Neste ano, morreram em conseqüência da ação policial 1.195 pessoas. Mortes ocorridas em confrontos, pelos critérios da própria polícia. No jargão policiais, trata-se de “autos de resistência”.
A cada cinco homicídios, um é de autoria da polícia.
O jornalista Bruno Paes Manso apurou que nem mesmo a polícia sul-africana, tida como a violenta, faz páreo para os policiais fluminenses. Na África do Sul, em 2003 as mortes decorrentes de confrontos deram o total de 681.
Os Estados Unidos, pais onde também prospera a violência, passam longe do pódio macabro: naquele ano, registraram-se 370 vítimas de ações policiais. Esse total, ressalta-se, refere-se à soma das ocorrências de todas as regiões daquele país.
No Estado de São Paulo, o total dos “autos de resistência” é menor do que o do Rio, mas ainda assim são significativos: houve naquele ano 756 mortes.
A violência da polícia do Rio e de São Paulo se revela o quanto é absurda quando comparada com a de alguns países Europeus. Na Franca, em 2003 duas pessoas morreram em tais circunstâncias. Em Portugal, só uma.
Tais comparações, claro, têm de ser analisadas com certa reserva, porque os critérios de registro de mortes em confronto variam de uma cidade para outra. Além disso, por interesse da própria corporação policial, os registros podem ser manipulados (os dados dos Estados Unidos, por exemplo, não me convencem muito).
Também é preciso levar em conta que a maioria das cidades de países pobres não mantém registros dessa causa de morte. O que não nos serve de conforto.
O fato é que, independente das possíveis comparações que possam ser feitas, a violência urbana no Brasil vem num crescendo, só se agrava, e já passou há muito tempo do limite estatisticamente aceitável.
Índices de homicídios.
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