Dois filhos da vítima foram presos, sendo que um ficou ferido
Imagens de um telefone celular registraram a confusão
A Brigada Militar abriu Inquérito Policial Militar (IPM) para esclarecer uma ocorrência na qual um policial rodoviário federal aposentado, de 59 anos, morreu após baleado por policiais militares durante uma confusão na madrugada desta segunda-feira em Torres, no Litoral Norte. Dois filhos dele foram presos, sendo que um ficou ferido ao ser também atingido pelos tiros dos brigadianos. A Polícia Civil também abriu um inquérito para investigar o caso.
Conforme a BM, o efetivo do 2º BPAT foi atender uma desordem em dois estabelecimentos comerciais da cidade, incluindo uma padaria. Suspeitos pelos policiais militares, os dois filhos do policial rodoviário federal estavam em um Volkswagen Gol e foram perseguidos por cerca de um quilômetro até a frente de um prédio.
O policial rodoviário aposentado desceu do apartamento do edifício e a situação agravou-se. Imagens de uma câmera de celular que circulam nas redes sociais mostram o tumulto. De acordo com a BM, a esposa do policial rodoviário federal aposentado, de 60 anos, envolveu-se igualmente na confusão.
Com a chegada de reforço do 2º BPAT, a situação foi contida. O filho ferido, de 37 anos, foi socorrido e encaminhado preso para o hospital. O irmão, de 33 anos, também foi detido. Um dos policiais militares necessitou de atendimento médico devido aos ferimentos por agressões sobretudo no rosto, boca e nariz.
A Brigada Militar emitiu uma nota oficial.
"Em primeiro lugar, a Brigada Militar lamenta a morte do policial aposentado e reforça a integração que mantém com a Polícia Rodoviária Federal. O Comando Regional de Policiamento Ostensivo do Litoral (CRPO Litoral) já instaurou Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar os fatos e determinou como encarregado do IPM um oficial do Comando Regional, e não do 2º BPAT, a fim de manter total isenção e elucidar a ocorrência com a transparência necessária", esclareceu.
"A Brigada Militar também informa que os policiais militares envolvidos na ocorrência já estão afastados de suas atividades e serão atendidos pelo serviço psicossocial prestado pelo Comando Regional, em Osório. Tão logo o IPM seja concluído, no prazo máximo de 60 dias, a Brigada Militar prestará as devidas informações", conclui a nota oficial da BM.
Já a Polícia Rodoviária Federal divulgou igualmente uma nota oficial. "A PRF está prestando o apoio à família e acompanhará as investigações da Polícia Civil e da Brigada Militar, responsáveis pela apuração das condutas dos envolvidos, enquanto se coloca à disposição em contribuir para uma justa e isenta investigação", informou.
A instituição lembrou ainda que o policial rodoviário federal aposentado ingressou na instituição em 1994 e exerceu suas atividades na Delegacia da PRF em Osório, no Litoral Norte, onde se aposentou em 2014. "Manifestamos nossa solidariedade e nosso sincero desejo de conforto à família nesse momento de dor", manifestou-se na nota oficial.
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