29 DE DEZEMBRO DE 2014 POSTED BY - LUIS GOMES
Parece que a moda pegou. Mais um suposto caso de abuso de autoridade em aeroporto brasileiro. Um tenente da Aeronáutica deu voz de prisão a um funcionário da empresa aérea TAM depois de se atrasar e encontrar os portões para embarque fechados. O incidente aconteceu na manhã desta segunda-feira (29/12) no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília. O militar estava acompanhado da mulher e afirma que o funcionário fez chacota da situação deles. O homem nega e diz que foi ofendido pelo casal.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga o caso. Em depoimento prestado na 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), o casal contou que aguardava o embarque no portão 29 e só foi avisado da transferência para o portão 19 ao pedir informações no balcão. O militar e a mulher embarcariam para Curitiba (PR).
Os dois foram os únicos dos 163 passageiros a não embarcar no voo. Em nota, a TAM afirma que o funcionário agiu conforme as orientações da empresa e declarou que ele não será punido.
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou à reportagem que ainda não tinha sido oficialmente comunicada sobre o caso. Por isso, não podia comentar o episódio.
A Polícia Federal chegou a dar suporte, depois de ser acionada pela administração do aeroporto. Os envolvidos foram ouvidos na 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul) e liberados em seguida.
Juiz
O caso lembra o do juiz Marcelo Baldochi, titular da 4ª Vara Cível de Imperatriz, no Maranhão, que, no começo do mês, deu ordem de prisão a três funcionários também da TAM ao ser impedido de pegar o voo após o término dos procedimentos de embarque.
O caso lembra o do juiz Marcelo Baldochi, titular da 4ª Vara Cível de Imperatriz, no Maranhão, que, no começo do mês, deu ordem de prisão a três funcionários também da TAM ao ser impedido de pegar o voo após o término dos procedimentos de embarque.
No último dia 17, o juiz foi afastado do cargo enquanto o caso é analisado pelo Tribunal de Justiça do Maranhão. Cabe recurso à decisão, mas Baldochi só podera reassumir suas funções se houver nova decisão permitindo a volta dele ao cargo.
Um dia antes, ele prestou depoimento à Corregedoria de Justiça do Maranhão, mas as declarações dele não foram tornadas públicas. O G1 não conseguiu contato com o magistrado.
Com informações do G1/Redação
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