3/2/2014 às 09h45 (Atualizado em 3/2/2014 às 10h32)
Ele alegou estar passando mal e responde a processo administrativo
Um cabo da PMDF (Polícia Militar do Distrito Federal do Distrito Federal) foi fotografado dentro de uma viatura em frente ao Congresso Nacional, área central de Brasília, em posição que sugeria estar dormindo. De óculos escuros, ele estava sentado no banco do motorista em posição reclinada. Ao seu lado estava um sargento comandante da guarnição.
O fato ocorreu no domingo (26) e foi parar nas redes sociais. A foto foi encaminhada ao 6º BPM (Batalhão de Polícia Militar) onde a denúncia foi formalizada. De acordo com o comandante, tenente-coronel Lúcio Cesar Costa Marques, os dois policiais que aparecem na foto foram ouvidos e deram sua versão do episódio.
— O policial alegou que estava tendo um mal súbito ou um forte mal estar e por isso estava naquela postura. Como ele usava óculos escuros não dá para afirmar que ele estava dormindo ou descansando. Neste caso, eu abri um processo sumário de apuração para saber o que de fato ocorreu.
Segundo o comandante, o processo de investigação deve durar até semana que vem, quando será tomada alguma medida punitiva aos policiais. Eles podem responder por falta de compostura durante o trabalho.
Operação Tartaruga
Há dois meses, os policiais militares do DF deflagraram a “operação tartaruga” na qual as ocorrências não são atendidas em caráter de urgência. Os policiais se deslocam aos locais de crimes na velocidade da via e em casos mais simples nem atendem ao chamado.
Coincidentemente, a violência disparou nas ruas da capital federal durante este período. Dados da SSP-DF (Secretaria de Segurança Pública do DF) mostram que só em janeiro houve um aumento de 28% nos casos de homicídio em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 49 mortes em 2013 contra 63 em 2014.
A onda de violência atinge todas as regiões do DF, inclusive bairros nobres da capital. No dia (30/01) um homem foi baleado na porta de um supermercado na quadra 413 da Asa Sul, área central de Brasília. Os bombeiros foram chamados ao local para socorrer a vítima, que não foi identificada. Os disparos foram efetuados por um policial militar que estaria à paisana.
No dia anterior, o jovem Leonardo Almeida Monteiro, de 29 anos, foi assassinado com um tiro no pescoço enquanto chegava em casa na rua 34 Norte, em Águas Claras. O crime chocou os moradores da região que era conhecida pela tranqüilidade e segurança. O rapaz voltava da academia, quando foi abordado por dois assaltantes que queriam o veículo da vítima. Após entregar o carro, ele saiu correndo para se esconder e acabou sendo atingido por um disparo. Os bandidos fugiram sem levar nada.
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