04/05/2012 13h49 - Atualizado em 04/05/2012 13h49
Por tortura de jovem em Curitiba
Comando da PM anunciou exclusão de dois policiais nesta sexta-feira (4).
Jovem foi confundido com assaltante, levado pelos PMs e torturado.
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O Comando Geral da Polícia Militar (PM) anunciou na manhã desta sexta-feira (4) a exclusão de dois policiais militares acusados de torturar um jovem. O auxiliar de pedreiro Ismael da Conceição, de 19 anos, foi confundido com um assaltante no bairro Cajuru, foi levado pelos policiais e foi vítima de tortura. As agressões, de acordo com o jovem, foram feitas por policiais integrantes da instalação da Unidade Paraná Seguro (UPS) no Uberaba, em março deste ano.
A polícia abriu um inquérito para apurar o caso, afastou os policiais das funções que exerciam e apenas agora as investigações foram concluídas. “Nós temos indícios que houve efetivamente abuso por parte dos policiais e de que teria, em tese, havido inclusive tortura. Por isso já existe prova robusta nos autos do inquérito que são essa noção. Por isso, que com base nestas provas nós instauramos paralelamente o processo disciplinar de exclusão destes policiais”, disse o comandante da PM, Roberson Bondaruk.
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“Nós queremos excluir esses policias por uma questão de disciplina, por uma questão de respeito, por uma questão de que a polícia aqui está para preservar a ordem e não para burlá-la”, complementou Bondaruk.
O rapaz contou que na ocasião não ter sido reconhecido pela vítima do assalto, mas mesmo assim foi levado pelos policiais e apanhou, levou socos e choque por cinco horas.O Movimento Negro do Paraná acompanhou todo o processo de investigação e opina que houve racismo. "Ele foi levado pelos policias e foi torturado e amplamento divulgado que Ismael é um negro. Uma pessoa simples, do povo, mas um negro. Por conta disso, foi dito pelos dos policias que ele era um marginal e na verdade é um trabalhador", afirmou o advogado André Nunes da Silva.
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